Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
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Ministério da Justiça cria núcleo de combate a crimes contra mulheres

31.05.2016
11:38
FONTE: G1

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O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou nesta terça-feira (31) a criação de um Núcleo de Proteção à Mulher, vinculado à pasta. Em uma reunião com secretários de Segurança Pública do país, o ministro afirmou que o órgão servirá para “coordenar trabalhos de combate à violência à mulher”. A criação do setor se dá após a divulgação de um caso relatado de estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro.

“A mulher é anos e anos agredida e acaba matando o agressor. Outro fato grave que detectamos é o filho que acaba matando o pai para defender a mãe”, afirmou o ministro durante o encontro. A reunião aconteceu na sede do Ministério da Justiça, em Brasília.

Mesmo sendo convocada antes do caso de estupro coletivo investigado no Rio, o tema se tornou uma das principais pautas do encontro. Inicialmente, o objetivo seria discutir o Plano Nacional de Segurança Pública, com foco no combate a homicídios pelo país.

Na reunião, o presidente em exercício, Michel Temer, defendeu políticas para coibir abusos contra mulheres por entender que existe “uma onda crescente” de casos do tipo. "Há violência permanente contra a mulher em todos os estados. Violência é algo que deve ser banida. Para ser banida, precisamos de uma atuação conjunta da União com estados e municípios", disse Temer na reunião.

Em um breve discurso aos secretários, Michel Temer propôs um "esforço conjunto" entre União, estados e municípios para combater a violência contra mulheres. Segundo ele, o encontro com os gestores estaduais de segurança pública pode funcionar como "símbolo" de que o país está preocupado com o fenômeno. Temer deixou o ministério às 10h30 sem falar com a imprensa.

Entenda o caso

No caso do estupro coletivo no Rio, a vítima afirmou se lembrar de estar a sós na casa do rapaz com quem se relacionava havia três anos e disse só se recordar de que acordou no último domingo (22), em uma outra casa, na mesma comunidade, com 33 homens armados com fuzis e pistolas. Ela conta no depoimento que estava dopada e nua.

A jovem relatou que foi para casa de táxi, após o ocorrido. Ela admitiu que faz uso de drogas, mas disse que não utilizou nenhum entorpecente no sábado (21). Na terça (24), ela descobriu que imagens dela, sem roupas e desacordada, circulavam na internet. A jovem contou ainda que voltou à comunidade para buscar o celular, que tinha sido roubado.

O laudo da perícia do caso de estupro coletivo da jovem de 16 anos no Rio diz que a demora da vítima em acionar a polícia e fazer o exame foi determinante para que não fossem encontrados indícios de violência, como antecipou o Bom Dia Rio nesta segunda-feira (30). Ela foi examinada quatro dias após o crime.

Além do exame de corpo de delito, a polícia também fez uma perícia no vídeo que foi divulgado nas redes sociais, no qual a jovem aparece desacordada. Os resultados das análises serão informados nesta segunda pelos investigadores.

No último domingo (29), o Fantástico adiantou algumas informações que estarão no laudo feito sobre as imagens. Após polêmicas envolvendo a investigação, o antigo delegado do caso foi afastado por dizer que não havia indícios de estupro.

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