Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Mulher engravida de quadrigêmeos após perder primeira filha: 'Presente'

11.04.2014
10:51
FONTE: G1

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A secretária Cássia Miguel de Paula, de 27 anos, grávida de seis meses de quadrigêmeos, aguarda ansiosa o nascimento dos bebês, três meninos e uma menina, em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia.

  Mesmo sabendo das dificuldades que irá enfrentar, ela crê que a gravidez é um “grande presente” após o sofrimento de ter mantido outra gravidez por nove meses e perder a filha uma hora após o nascimento da criança.

“Há nove anos, eu perdi uma bebê que teve má formação nos rins e isso foi bem traumatizante para mim. Eu descobri com quatro meses de gestação quando fui fazer ultrassom para saber o sexo. Fiquei do 4º mês até meu parto, no 9º mês, sabendo que ela ia morrer quando nascer”, conta.

Depois do trauma, ela e o marido, o técnico de telefones Edson Miguel Sobrinho, levaram anos para ter coragem de tentar outra gestação. “Fui atrás de vários médicos. Para mim, não era simplesmente tentar de novo, tinha medo. Fizemos as contas e pagamos um plano para mim. O médico explicou que o problema anterior não tinha a ver com genética e era raro”.

Com a decisão tomada, o casal enfrentou ainda outra dificuldade, pois Cássia foi diagnosticada com síndrome do ovário policístico, que atrapalha a fertilidade. Ela começou a tomar remédios que facilitariam a gravidez e foi informada de que haveria chance de engravidar de mais de um bebê.

“Eu imaginava que até queria uns dois, achava lindos irmãos gêmeos, mas não pensava que viriam quatro”, diz, aos risos. A descoberta veio durante um exame de ultrassonografia. “No primeiro ultrassom, descobri que eram dois. Nove dias depois, eu passei mal e fui de novo fazer ultrassom e vi lá os quatro pontinhos”, relata.

Ela conta que apesar das condições raras da gravidez, sua maior preocupação é comum às futuras mães. “Sei que vai ser difícil, mas para mim o mais importante é vir com saúde”, afirma. A previsão é de que os bebês nasçam prematuros em junho. Os nomes já foram escolhidos: César, Augusto, Caio e Isis.

Desafios

O casal tem rendimento médio de R$ 2 mil por mês. Apesar de ter uma casa bem equipada, Cássia conta que está temerosa com os gastos que terá para manter os quatro filhos. Pela estimativa da secretária, ela deve gastar em média 1,2 mil fraldas por mês. “Fiz as contas e quase caí para trás”, diz.

“A gente não está contando que vai ter uma vida fácil”, diz a gestante, que conta com a ajuda da mãe e outros parentes. Outra grande preocupação do casal é com a locomoção, já que eles não têm carro.

Cássia já recebeu muitas doações, mas alguns itens ainda lhe faltam. “Já ganhei roupinhas de vários tamanhos, mas de prematuro quase não tenho. O que preciso mais é fralda, principalmente de recém-nascido. Já me doaram quatro berços, carrinhos, mas ainda estou sem cômoda, sem guarda-roupas suficientes”, diz.

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