Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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'Não sou um caso isolado', diz aluna vítima de estupro em festa da USP

22.08.2014
10:25
FONTE: G1

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  • Associação Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz (AAAOC), da Faculdade de Medicina da USP, onde estudante teria sofrido estupro
A estudante de medicina da Universidade de São Paulo que denunciou ter sido vítima de crime de estupro durante uma festa de estudantes em abril de 2011 afirma que não é um caso isolado nem dentro da universidade nem dentro da Faculdade de Medicina da USP, e diz que não recebeu apoio nem acolhimento.

 "Eu sou mais um dos casos, eu tenho colegas aqui dentro da faculdade que foram estupradas e nunca chegaram a denunciar. A gente não tem vias para denunciar, não existe apoio, não existe acolhimento. Aqui na Faculdade de Medicina acontece, acontece em outras partes do campus, com certeza não sou um caso isolado", disse ao G1 a estudante, hoje com 23 anos.

Apesar de o inquérito ainda não ter sido concluído mais de três anos após o crime, a delegada que cuida do caso, Celi Carlota, da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo, afirmou já ter elementos suficientes para indiciar o suspeito pelo crime de estupro. O caso aconteceu em uma festa chamada "Carecas do Bosque" na noite do dia 2 de abril de 2011. De acordo com a delegada, o suspeito é um homem que trabalhava com manutenção de ar condicionado no prédio da faculdade. Ele foi ouvido durante o inquérito e negou o crime.

A vítima era caloura na época. Ela explicou que, depois de beber demais, foi deixada por um amigo dormindo em um recinto privado no espaço da festa chamado "cafofo", para onde organizadores das festas levavam mulheres. Quando o amigo retornou, um homem foi flagrado de calças abaixadas mantendo relações com ela. O suspeito chegou a apanhar de um estudante de medicina e foi agarrado por um segurança da festa, mas acabou sendo liberado e nunca foi preso.

Segundo a jovem, depois do que aconteceu com ela, os organizadores dos eventos fizeram algumas mudanças para evitar novos casos de estupro, mas que elas já deixaram de ser implementadas. "Na época, quando aconteceu, acho que fizeram mudanças, tiraram os 'cafofos', pararam de levar prostitutas, mas depois retornou tudo a mesma coisa", contou a jovem, que cursa o quarto ano do curso de graduação em medicina.

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