Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
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Negado recurso para reabrir inquérito sobre morte de mãe de Bernardo

19.12.2014
00:12
FONTE: G1

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  • Bernardo Boldrini
Por unanimidade, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) decidiu negar nesta quinta-feira (18) a reabertura da investigação sobre a morte da mãe do menino Bernardo Boldrini, assassinado em abril no Rio Grande do Sul. O inquérito oficial sobre o caso apontou que Odilaine Uglione se suicidou, mas a avó do garoto e mãe de Odilaine, Jussara Uglione, recorreu afirmando que ela teria sido assassinada.

Odilaine foi encontrada morta em 2010 dentro da clínica do então marido, Leandro Boldrini.  Ele está preso desde abril e é réu pela morte do menino, achado sem vida am abril deste ano em Frederico Westphalenx, Norte Gaúcho. Também são acusados pela morte a madrasta do garoto, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz. Os quatro respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Segundo o TJ-RS, a corte avaliou que o pedido deve ser julgado por um magistrado em primeira instância na Justiça de Três Passos, no Noroeste do estado, onde a morte ocorreu. O pedido de desarquivamento do inquérito, porém, já foi negado pelo titular do processo na Comarca, juiz Marcos Luís Agostini. Além disso, a defesa da avó de Bernardo perdeu, por um mês e oito dias, o prazo final para recorrer da decisão em primeiro grau.

"Como já expusemos novas provas técnicas, precisamos agora que o Ministério Público em Três Passos se manifeste. Essa é nossa expectativa a partir de agora. Acredito que o MP pode solicitar essa reabertura", disse ao G1 o advogado Marlon Taborda.

O defensor da mãe de Odilaine, Jussara Uglione, de 73 anos, alegou que entre julho e agosto, após as negativas da Justiça de Três Passos para reabrir o caso, surgiram novas provas, indicando que a mãe de Bernardo não se suicidou, mas foi assassinada. Uma delas é um laudo particular feito por um perito contratato pela família.

Na época da morte de Odilaine, a polícia chegou à conclusão de que se tratava de suicídio com base no depoimento de testemunhas e nos laudos da perícia oficial, mas um resultado intrigou a família da enfermeira. Havia resíduos de chumbo – o principal elemento químico da pólvora – apenas na mão esquerda de Odilaine, mas ela não era canhota e sim destra.

O perito criminal contratado por Jussara, Sérgio Saldias, contestou o resultado do laudo oficial e afirmou que exames que ele considera importantes, como perícia nas roupas de Odilaine e nas Leandro Boldrini, não foram feitos. Os peritos também não teriam procurado resíduos de pólvora nas mãos de Leandro para confirmar que ele realmente não atirou.

Entenda
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No dia 6 de abril, o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.

O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. No dia 14 de abril, o corpo do garoto foi localizado. Segundo as investigações da Polícia Civil, Bernardo foi morto com uma superdosagem do sedativo midazolan e depois enterrado em uma cova rasa, na área rural de Frederico Westphalen.

A denúncia do Ministério Público apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Conforme a polícia, ele também auxiliou na compra do remédio em comprimidos, fornecendo a receita Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história para que tal crime ficasse impune, e contaram com a colaboração de Edelvania e Evandro.

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