Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Nacional / Internacional

Nome de irmão de suposto operador da Lava Jato surge como delator

03.08.2015
14:55
FONTE: G1

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Nesta segunda-feira (3), junto com a deflagração da 17ª fase da Operação Lava Jato, que resultou na prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, veio à tona o nome de um novo delator: José Adolfo Pascowitch. Ele é irmão do empresário Milton Pascowitch, preso na 13ª fase da Operação Lava Jato, no dia 21 de maio.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), José Adolfo atuava como operador, assim como o irmão, da diretoria de Serviços da Petrobras, que era ocupada por Renato Duque. O ex-diretor da estatal já é réu em ações penais originadas da Lava Jato.

Milton Pascowitch atuava como elo entre a diretoria de Serviços da Petrobras e o Partido dos Trabalhadores (PT), segundo as investigações. O contato era feito por meio da JD Consultoria, de propriedade do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, conforme a Polícia Federal. Milton atuava junto à Engevix, empreiteira com contratos com a estatal e que é acusada de pagar propinas a diretores.

Em outras ocasiões, o advogado de José Dirceu negou o envolvimento do cliente nos fatos.

José Adolfo também foi investigado na 13ª fase, quando dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa dele, em São Paulo, onde inclusive foram apreendidas obras de arte que, depois, foram levadas para o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.

Ele ainda prestou depoimento, em cumprimento ao mandado de condução coercitiva. José Adolfo não chegou a ser preso.

Petição do MPF

O Ministério Público Federal pediu as prisões preventivas e temporárias referentes à 17ª fase da Operação Lava Jato, além dos mandados de busca e apreensão, de condução coercitiva e de bloqueios de valores, baseado no que os irmãos Pascowitch e o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco falaram em colaboração premiada. Barusco fechou o acordo de delação premiada no ano passado.

"Agora, surgiram evidências de que grande parte dos pagamentos de propina efetuados por Milton Pascowitch e José Adolfo, em decorrência de licitações e contratos no âmbito da Diretoria de Serviços, era operacionalizada por meio da empresa Jamp Engenheiros Ltda, com substrato de contratos de serviços de 'consultoria' e 'assessoria' simulados’”, diz um trecho da petição assinada pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato.

A Jamp pertence aos irmãos Pascowitch, cada um com 50% do capital social, ainda conforme o documento.

Autos de inquérito policiais também serviram de justificativa para a necessidade das medidas indicadas pelo MPF à Justiça Federal. Esta petição do Ministério Público Federal é de 20 de julho.

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