Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
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Número de assaltos na USP cresce mais de 100% em 2014

01.10.2014
10:36
FONTE: G1

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  • Remadora Bianca Miarka
A Universidade de São Paulo (USP) registou aumento no número de roubos neste ano em comparação com o ano passado. Segundo dados da própria universidade, foram 80 ocorrências do tipo de janeiro a agosto de 2014. No mesmo período de 2013 tinham sido registrados 36 casos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (1º) pelo Bom Dia Brasil.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que existe um batalhão da Polícia Militar e uma base comunitária na região e que, neste ano, prenderam mais de 200 suspeitos em flagrantes. Nove adolescentes infratores e três armas também foram apreendidos.

O caso mais recente aconteceu no dia 28 de setembro, quando a remadora e ex-judoca Bianca Miarka reagiu a um assalto e apanhou de dois criminosos que estavam em uma moto. Um deles estava armado. Ela havia acabado de descer de um ônibus em frente a um dos portões da USP, no Butantã, na Zona Oeste da capital paulista.

Os assaltantes roubaram sua mochila, com seus pertences, e fugiram na motocicleta. Bianca, que tentou desarmar um dos criminosos e apanhou de outro com um capacete. Ela teve ferimentos na testa e nas mãos. A delegacia do bairro, onde a remadora Bianca foi assaltada, registrou aumento de 67% nos roubos em geral.

Bianca disse que não se arrepende de ter reagido, mas não recomenda que as pessoas tomem a mesma atitude. "Não se faz isso, né, não se reage. Eu reagi por causa de um histórico que eu tenho”, disse a remadora e ex-judoca. “À medida que eu estava caminhando, dois sujeitos pararam uma moto. O garupa estava armado. Apontou a arma pro meu rosto e aí que eu desarmei ele pra tentar salvar a minha vida.”

Morte

Também há registros de casos misteriosos na USP, como o do aluno do Senac Victor Hugo Marques Santos, de 20 anos, encontrado morto no dia 23 de setembro, três dias depois de ter desaparecido de uma festa no velódromo. Seu corpo foi encontrado boiando na Raia Olímpica da universidade. A Polícia Civil apura se a morte foi criminosa, acidente ou suicídio.

Em julho deste ano, dois assaltantes em uma moto fizeram um arrastão em frente à Escola Politécnica, a Poli. Eles roubaram 14 estudantes. Uma das vítimas foi agredida com coronhadas e teve a mandíbula quebrada.

O sindicato dos funcionários da USP informou que o problema da segurança no campus está relacionado à falta de investimento financeiro no setor. “As unidades cortaram 30% de pessoal, na área de limpeza e na área de segurança. Cerca de 30% da vigilância na universidade foi embora”, disse Claudionor Brandão, técnico de ar condicionado e diretor do Sintusp.

A segurança da USP é feita pela guarda universitária e também pela Polícia Militar. As mais de 100 mil pessoas que circulam diariamente pelo campus têm opiniões diferentes sobre a segurança.
“Em relação à cidade de São Paulo, aqui dentro, até que é um lugar seguro”, disse Jemina de Souza Alves, estudante de Letras.

“Às 16h, no meio da Praça do Relógio, um cara tentou me agarrar. Chegou um segurança e, enfim, foi terrível. Segurança acho que é o que eu menos tenho para andar aqui”, falou Ana Maria Pereira Machado, aluna de Ciências Sociais.

O estudante Vitor Senise Furtado, do curso de Filosofia, acredita que o espaço deveria ser melhor iluminado. “Eu acredito que a USP é um lugar seguro, pode se tornar mais seguro, se ele for mais bem habitado e mais bem iluminado”, sugeriu.

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