Parlamentares da oposição afirmaram nesta quinta-feira (24) que, devido à força econômica do país, o Brasil deveria ter avançado mais que uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU, o país passou do 80º lugar em 2012 para o 79º em 2013 no ranking das nações mais e menos desenvolvidas.
Para o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), o Brasil não consegue “desatar o nó” entre a posição econômica do país e o IDH.
“Enquanto país em desenvolvimento, caminhamos a passos de tartaruga, porque não há uma política prioritária para enfrentar os problemas graves que temos”, disse.
Saltar algumas posições no ranking, segundo Bueno, é “irrelevante”. “Nós somos a sétima economia do mundo. Então, teríamos é que estar entre os dez primeiros no IDH”, ponderou o líder do PPS.
Líder do DEM no Senado e coordenador da campanha de Aécio Neves à Presidência da República, o senador José Agripino Maia (RN) destacou que o avanço alcançado no IDH é "bom", mas é sustentado pelo Bolsa Família, programa que, para ele, tem "vulnerabilidade".
"O Brasil subindo no ranking é bom. O que não é bom é a razão pela qual subiu, sustentado por um programa que tem vulnerabilidade. É um programa bom e vai ser mantido, mas tem vulnerabilidade, a começar que é baseado em recursos do Tesouro, que estão em queda", disse Agripino.
Na visão do vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), a preocupação do governo federal em alterar a posição do Brasil no ranking do IDH é um “detalhe” que não altera a realidade do país.
“A realidade brasileira é conhecida. Nós não evoluímos mais porque há uma inversão de prioridades da ação governamental. Os recursos públicos são desperdiçados em função de um monumental esquema que tem por objetivo o projeto de poder. Por isso faltam recursos em setores fundamentais como a saúde e a educação”, observou o parlamentar tucano.
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