Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Padilha apresenta plano de R$ 5 bi para crise de abastecimento

01.08.2014
15:29
FONTE: G1

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  • Alexandre Padilha apresentou plano em entrevista coletiva.
O candidato do PT a governo do estado de São Paulo, Alexandre Padilha, apresentou na manhã desta sexta-feira (1) seu plano para solucionar a questão da crise da água no estado. O pacote prevê investimentos de cerca de R$ 5 bilhões em "obras emergenciais e estruturantes", com interligação de sistemas, transposição de bacias e novas barragens.

Além desse valor, o ex-ministro afirmou que irá "dobrar o investimento em manutenção e redução de perdas" da Sabesp para R$ 2 bilhões por ano.

Entre as obras listadas por Padilha estão: interligação de sistemas e transposição de bacias, construção de duas barragens na Bacia Piracicaba/Capivari/Jundiai para 2018, construção das barragens Piraí e Campo Limpo, construção de sistema adutor em Pedreira e Duas Pontes, acelerar a construção do sistema de produção em São Lourenço (já em andamento no formato de parceria público-privada).

Representantes da Sabesp responsabilizam a histórica baixa média de chuvas nos sistemas que abastecem o estado e já afirmaram que medidas foram tomadas para conter a crise. Dentre elas, a construção de obras de interligação de sistema e transposição de bacias, além de obras para captar água do chamado "volume morto".

Além disso, a empresa administra o sistema diminuindo a vazão à noite o que, segundo o diretor de tecnologia e empreendimentos da Sabesp, Edson Pinzan, há diferença entre isso e um racionamento. "O racionamento é cortar a água por um período determinado em um local e a população é avisada que não terá abastecimento. A interrupção temporária às vezes ocorre por operação do sistema.", disse Pinzan em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (31).

O ex-ministro criticou ferramentas como racionamento e sobretaxa, que chegaram a ser consideradas pelo governo e por especialistas, para conter a crise hídrica.

"O que nós cobramos é transparência do estado de São Paulo. A cada mês você vê uma fala diferente por parte do atual governador sobre qual é a questão real, qual é a situação real. A impressão que dá é que ele espera até o dia da eleição para depois aplicar um pacote de maldades na população do estado de São Paulo ou então assumir o seu pacote se maldades que já faz em várias cidades desde dezembro do ano passado", disse o candidato.

Entretanto, Padilha não respondeu se usaria esses recursos caso eleito.

Ele afirmou que pretende manter o bônus de 30% para quem reduzir consumo de água durante a crise, mas quando questionado sobre racionamento e sobretaxa apenas prometeu "transparência" em sua gestão.

O gasto total do "plano Padilha" seria de R$ 13 bilhões durante quatro anos de um possível mandato. Esses recursos, segundo o candidato, viriam em parte da própria Sabesp, "que em vez de dividir os lucros com acionistas na bolsa de Nova York, deveria investir na população de São Paulo", disse. Outra parte viria do PAC do governo federal, explicou o candidato.

Alexandre Padilha reiterou suas críticas à gestão tucana, que afirmou ser "irresponsável". "É como um pai que vê que o mar está bravo e em vez de segurar o filho deixa ele entrar. Aí depois vai salvar ele e se faz de herói", disse.

Para o candidato, "há um cansaço no governo PSDB", que não teria realizado obras e medidas consideradas essenciais dez anos atrás quando Alckmin já era governador, afirmou, em referência ao primeiro mandato de Alckmin como governador de São Paulo.

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