Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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Para Dilma, declaração de ministro 'lança suspeitas de uso político' da PF

26.09.2016
17:08
FONTE: G1

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A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta segunda-feira (26) que a declaração do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, que sugeriu que haveria ações da Operação Lava Jato nesta semana, "lança suspeitas de abuso de autoridade e uso político da Polícia Federal".

Neste domingo, em encontro com integrantes do Movimento Brasil Limpo (MBL),  Moraes disse que haveria "mais" ações da Lava Jato nesta semana. Nesta segunda, a PF deflagrou a 35ª fase da operação e prendeu Antonio Palocci, do PT. Ex-prefeito de Ribeirão Preto, Palocci foi ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Casa Civil na gestão Dilma Rousseff.

"O país vive uma situação grave. O anúncio de nova fase da Lava-Jato pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, num palanque eleitoral, em plena atividade de campanha em Ribeirão Preto, na véspera da prisão de Antônio Palocci, lança suspeitas de abuso de autoridade e uso político da Polícia Federal", afirmou Dilma no Facebook e no Twitter.

A ex-presidente disse que, se o mesmo fato tivesse acontecido na época em que estava no governo, ela seria "duramente" criticada pela imprensa e pela oposição.

Declaração do ministro
Conforme o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, a declaração de Alexandre de Moraes sobre a Lava Jato “pegou mal” entre assessores de Michel Temer, pois, na avaliação deles, a fala deu a impressão de que o Planalto monitora a operação e a usa politicamente.

Por isso, Temer decidiu convocar uma reunião com o ministro. Inicialmente, o encontro estava previsto para a tarde desta segunda, no Palácio do Planalto, mas, como Moraes está em São Paulo, foi reagendado para terça.

Pela manhã, após participar de evento em São Paulo, Alexandre de Moraes disse que só recebe informações sobre as operações da Polícia Federal às 6h, porque esta é a “praxe” no Ministério da Justiça.

Assim como o ministro, a própria Polícia Federal divulgou uma nota para afirmar que o ministério não é informado previamente sobre as operações e que somente têm informações “as pessoas diretamente responsáveis pela investigação”.

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