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O piloto brasileiro Leonardo Salgado, de 30 anos, disse que escapou por cerca de 15 minutos do atentado ao aeroporto de Istambul. Segundo ele, uma ligação com um amigo se prolongou e ele não conseguiu chegar às 22h, horário turco, ao terminal.
“Se tivesse seguido meu ritual de trabalho, estaria fatalmente lá”, disse. Salgado contou que iria trabalhar em um voo que sairia à 00h05 de Istambul e que, por protocolo da empresa, os pilotos devem chegar 2 horas antes da decolagem. O atentado no Aeroporto Ataturk ocorreu por volta das 22h na Turquia (16h em Brasília).
Ele contou que estava em uma ligação com um amigo, que acabou se prolongando. Depois, disse que pegou um táxi em direção ao aeroporto e, no meio do caminho, o motorista recebeu a notícia dos ataques. Segundo Salgado, o carro teria parado a cerca 800 metros de onde ocorreram os disparos. “Segui caminhando em direção do aeroporto para entender o que era. O taxista falou um monte de coisa em turco e eu não entendi”, disse.
Um atentado com três explosões na noite de terça-feira (28) atingiu o terminal internacional do aeroporto de Istambul, o maior da Turquia e terceiro mais movimentado da Europa.
O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdağ, disse que os responsáveis pelo ataque ao aeroporto Ataturk abriram fogo usando rifles Kalashnikov.
Nenhum grupo reivindicou o ataque até o momento. Informações iniciais "sugerem" que o Estado Islâmico estaria por trás dos ataques, segundo a agência turca Dogan, que atribui a informação a fontes policiais.
Logo após o ataque, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan convocou uma reunião de emergência com o primeiro-ministro Binali Yıldırım e comandantes militares.
“Está claro que este ataque não tem como alvo nenhum resultado, mas apenas criar material de propaganda contra nosso país usando o sangue e a dor de pessoas inocentes”, disse Erdogan em um comunicado após o ataque.
Segundo a CNN turca, taxistas que trabalham no aeroporto ajudaram a transportar pessoas feridas até hospitais. Foram enviadas 49 ambulâncias ao local.
À agência Reuters, um oficial turco não identificado disse que três homens-bomba causaram as explosões. Eles teriam detonado os explosivos antes de passar pelo raio X do controle de segurança na entrada do aeroporto. Ainda segundo a agência, policiais também atiraram para tentar neutralizar suspeitos.
Um dos autores do ataque no aeroporto abriu fogo de forma randômica no terminal antes das explosões, disse uma testemunha à Reuters.
A CNN, citando o ministro da Justiça turco Bekir Bozdag, diz que uma das explosões aconteceu na calçada, do lado de fora do terminal, e outra no portão de segurança na entrada do aeroporto.
O aeroporto foi fechado e a entrada e saída de pessoas foi interrompida. Alguns voos que deveriam pousar no local foram desviados, mas os que já estavam chegando foram autorizados a pousar. Os voos que deveriam decolar de Ataturk foram cancelados, com seus passageiros sendo encaminhados a hotéis. A previsão é de que o aeroporto seja aberto às 20h da quarta (14h em Brasília).
Na segunda-feira (27), o Departamento de Estado dos EUA havia atualizado seu alerta de segurança e informado a cidadãos americanos que eles deveriam evitar viajar para o sudeste da Turquia, onde foram registrados nos últimos dias diversos episódios violentos no conflito com militantes curdos. O ataque desta terça, no entanto, aconteceu no norte do país.
O Ministério das Relações Exteriores informou que ainda não há registro de brasileiros entre as vítimas. Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, um consulado brasileiro na cidade já está mobilizado para atender a comunidade brasileira.
A pouco mais de 20 km de Istambul, Ataturk é considerado um aeroporto com um rígido sistema de segurança. Os visitantes precisam passar por uma checagem de veículo na entrada do complexo e um raio X para entrar no terminal.
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