Mato Grosso, 08 de Maio de 2024
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PM mata vizinha e atira em grávida na Zona Norte de São Paulo

23.03.2015
15:42
FONTE: G1

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  • Celular foi destruído por tiro; Jurema foi morta após discussão com cabo da PM.
Um cabo da Polícia Militar (PM) matou uma vizinha e deixou outras duas pessoas feridas na noite de domingo (22) na região do Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Entre os atingidos está uma grávida de seis meses, que foi baleada no rosto e na barriga. O parto foi antecipado e o bebê prematuro estava internado junto com a mãe, ambos em estado regular.

Após o crime, o policial militar se entregou e foi preso. No fim da manhã, ele foi levado ao presídio militar Romão Gomes. De acordo com testemunhas, os vizinhos tinham um desentendimento há um ano porque uma irmã do militar teria invadido um imóvel dos vizinhos.

A briga ocorreu à noite. O policial, cabo Gilson Teixeira de Souza, e um filho da vizinha assassinada, Jurema Cristiane Bezerra da Silva, discutiram na rua. Jurema saiu para verificar o que ocorria e resolveu usar o celular para filmar a discussão.

Revoltado, o policial militar atirou ao menos três vezes contra Jurema. Ela foi atingida no peito e morreu antes de chegar ao hospital. Um dos tiros atingiu o celular que ela pretendia usar para filmar a discussão.

O irmão de Jurema, um adolescente de 17 anos, levou um tiro de raspão. Gabriela Rocha, de 18 anos, que estava grávida, também ficou ferida.

Baleada no rosto e na barriga, a grávida foi levada para o Hospital São Luiz Gonzaga em estado grave.
No hospital, o marido da jovem disse que o PM seguiu o grupo durante o trajeto até o hospital e ainda tentou dificultar o socorro da grávida. "Ele veio de lá até aqui me fechando", contou o rapaz.

Os médicos conseguiram retirar o bebê com vida. A menina, que nasceu aos seis meses, foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O estado de saúde de mãe e filha era considerado regular.

Brigas entre vizinhos

As famílias, que moram há muitos anos na mesma rua, viviam em desavença há um ano. Uma irmã do PM já tinha ocupado a residência da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) Jova Rural. Posteriormente, a casa foi entregue a uma sobrinha de Jurema, dando início ao conflito entre as famílias.

O marido de Jurema, Antônio João Agostinho, disse que chegou a fazer boletim de ocorrência no 73º Distrito Policial, no Jaçanã. “Foi feita uma reclamação dentro do batalhão com o próprio comandante dele. Eu estive com a minha esposa tanto no batalhão quanto na Corregedoria”, afirmou.

Procurada pela equipe de reportagem do Bom Dia São Paulo, a corporação não havia informado até a publicação da reportagem se alguma providência foi tomada após a denúncia feita pela família.

Depois do crime, o cabo se entregou à polícia. O PM está no 73º DP e confirmou as brigas entre as famílias.

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