O prazo da prisão temporária de Adarico Negromonte Filho, que está preso na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde segunda-feira (24), vence à meia-noite desta sexta-feira (28). Ele é um dos 25 investigados da sétima fase da operação e se entregou à polícia onze dias após ter a prisão decretada. Durante esse período, ele foi considerado como foragido pela polícia.
Negromonte é irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA) e é suspeito de ligação com o doleiro Alberto Youssef, considerado o líder de um esquema de lavagem e desvio de dinheiro. Segundo as investigações, ele levava dinheiro do escritório do doleiro até os agentes públicos e partidos políticos. Até as 8h50, a PF não informou se fará algum pedido de prorrogação da prisão.
A defesa de Adarico Negromonte também aguarda um pedido de revogação da prisão, feito no dia 18 de novembro. Para a advogada Joyce Roysen, não há motivos para que o seu cliente continue preso.
Quatro investigados devem prestar depoimento na tarde desta sexta-feira na Justiça Federal. Entre eles está o doleiro Carlos Habib Chater, que foi preso na primeira fase da operação e responde a um processo por lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. Os demais são - André Catão de Miranda, acusado de realizar operações de câmbio para Chater, Ediel Viana da Silva, acusado de ser o braço direito de Chater, e André Luiz Paula Santos, acusado de realizar transporte irregular de valores para o doleiro.
Deflagrada em março deste ano, a Operação Lava Jato prendeu várias pessoas, entre elas estão o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro, o ex-diretor de Serviço Renato Duque, e o doleiro Alberto Youssef, acusado de comandar o esquema. Os dois últimos também estão detidos na carceragem em Curitiba.