Mato Grosso, 01 de Maio de 2024
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'Pressão popular' substitui apoio no Congresso, diz Luciana Genro

02.09.2014
11:56
FONTE: G1

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  • A candidata à Presidência da República pelo PSOL, Luciana Genro, é entrevistada pelos jornalistas Tonico Ferreira e Nathalia Passarinho no estúdio do G1 em São Paulo
A candidata a presidente da República pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), Luciana Genro, afirmou nesta terça-feira (2) durante entrevista na série do G1 com os presidenciáveis, que, se eleita, governará com a "pressão popular".

Ela respondeu a questão de um internauta que indagou sobre como pretende governar sem apoio no Congresso e se adotaria a "política do é dando que se recebe". Atualmente, o PSOL tem um senador e três deputados federais.

De acordo com a candidata, os governos têm dificuldades no Congresso porque enviam propostas que não têm apoio popular. Ela mencionou a reforma da Presidência, que, segundo afirmou, deu origem ao escândalo do mensalão do PT.

"Faz diferença quando há pressão popular, seja como nas manifestações de junho, seja simplesmente enchendo as galerias", afirmou. "Eu governaria assim, me apoiando na pressão popular", complementou.
Durante cerca de 45 minutos, Luciana Genro respondeu a perguntas de internautas e do portal, em três blocos, conduzidos pelos jornalistas Tonico Ferreira, da TV Globo, e Nathalia Passarinho, do G1. A ordem dos candidatos na série de entrevistas com os presidenciáveis (veja ao final desta reportagem) foi definida por sorteio na presença de representantes dos partidos de todos os candidatos. A presidente Dilma Rousseff, candidata sorteada para o primeiro dia (28 de julho) da série de entrevistas, não compareceu por problemas de agenda, segundo a assessoria do Palácio do Planalto. Além de Luciana Genro, já foram entrevistados Zé Maria (PSTU), Aécio Neves (PSDB), Mauro Iasi (PCB), Eduardo Campos (PSB), Rui Costa Pimenta (PCO), Levy Fidelix (PRTB), Eymael (PSDC), Eduardo Jorge (PV) e Pastor Everaldo (PSC).

Programas sociais

A candidata disse que, embora crítica do governo, reconhece que há programas "bons", como o Bolsa Família e o Prouni, de concessão de bolsas a estudantes.

"Sou a favor de políticas de assistência social, como Bolsa Família e Prouni. Só que não queremos que sejam as grandes políticas do governo. Essas são políticas paliativas. Precisamos também fazer as mudanças estruturuais para permitir aos estudantes que tenham acesso às universidades públicas. Em relação ao Bolsa Família, as pessoas precisam ter oportunidade de trabalhar. Mas essas políticas precisam continuar enquanto esses problemas não forem resolvidos", declarou.

Randolfe Rodrigues

Luciana Genro disse que substituiu o senador Randolfe Rodrigues (AP) como candidata do PSOL à Presidência porque o parlamentar "acabou seduzido por uma proposta de ser mais viável eleitoralmente". Quando ele era candidato, não estava representando a posição média do partido. Foi por isso que ele desistiu da candidatura. Ele não estava conectado com o pensamento da maioria. Foi por isso que abriu mão e hoje está embarcando na pressão oportunista de estar mais próximo de quem está com mais chances eleitorais" declarou.

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