Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Prisão de investigado na 29ª fase da Lava Jato vence nesta sexta-feira

27.05.2016
09:40
FONTE: G1

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  • Lucas Amorim foi preso na 29ª fase da Lava Jato
O prazo da prisão temporária de Lucas Amorim, que foi preso na 29ª fase da Operação Lava Jato, vence nesta sexta-feira (27). Ele foi preso na 29ª fase da Operação Lava Jato e é sócio do ex-tesoureiro do Partido Progressista (PP) João Cláudio Genu, que foi preso preventivamente. A ação foi batizada de Repescagem e deflagrada na segunda-feira (23).

A PF também cumpriu dois mandados de busca na casa e no escritório de Amorim. De acordo com as investigações, era ele quem recebia propina em nome de Genu no esquema de corrupção que envolve a Petrobras. Amorim era considerado um "emissário" do ex-tesoureiro, segundo as investigações.

Com o fim o prazo da prisão de Amorim, a Polícia Federal (PF) ou o Ministério Público Federal (MPF) poderão solicitar a prorrogação para mais cinco dias ou a conversão para prisão preventiva, que é quando não há prazo para o investigado deixar a carceragem.

Caso as autoridades não se manifestem, Lucas Amorim será solto. A decisão cabe ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.

A 29ª fase tembém expediu um mandado de prisão temporária contra o empresário Humberto do Amaral Carrilho. Ele chegou a ser considerado foragido pela polícia e se entregou nesta quinta-feira (26).

A força-tarefa da Lava Jato afirma que Genu seria o responsável por receber a propina de contratos firmados no setor de Abastecimento da Petrobras e por distribui-la. 60% dos recursos iam para o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e 30%, para parlamentares do PP.

A PF diz João Genu movimentou R$ 7 milhões, sem justificativa, entre 2005 e 2013. Há indícios de que o dinheiro era propina desse esquema de corrupção na estatal. Desse total, pelo menos R$ 2 milhões foram revertidos para benefício próprio de Genu.

Para a força-tarefa da Lava Jato, a prisão do ex-tesoureiro é estratégica para as investigações, porque mostra que o esquema descoberto da Petrobras é uma continuidade do mensalão. "O petrolão é continuidade do mensalão. Está cada vez vez mais demonstrado", afirmou o delegado federal Luciano Flores, em entrevista em Curitiba.

Genu também foi assessor do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010, e foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão do PT em 2012. Após recurso, em março de 2014, Genu foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro. Ele também tinha sido denunciado por corrupção passiva, mas o crime prescreveu.

Em nota, o Partido Progressista afirmou que "não admite a prática de atos ilícitos" e disse "confiar no trabalho da Justiça para que a verdade prevaleça".

O advogado Maurício Maranhão, responsável pela defesa de Genu, disse à TV Globo que, por enquanto, não vai se manifestar.

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