A quantidade de material irregular de campanha apreendida no Distrito Federal nas eleições deste ano cresceu 176,9% em relação a 2010, quando ocorreu o último pleito na capital do país. Foram 360 toneladas em 2014 contra 130 toneladas no período anterior, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral. A prática levou o órgão a notificar mais de 80% dos 1.146 candidatos.
Juiz de direito e membro da Coordenação de Fiscalização de Propaganda Eleitoral, Daniel Carnachioni diz acreditar que o crescimento é um reflexo de uma fiscalização mais intensa. Os fiscais fizeram blitz três vezes por semana, percorrendo todas as regiões administrativas para recolher itens expostos fora do horário permitido – entre 6h e 22h.
“Para a gente, é uma mudança radical de estratégia na fiscalização da propaganda. Havia operações praticamente diárias, sempre à noite, porque 90% desse material apreendido é o que estava na rua no horário em que a propaganda móvel é proibida na cidade”, explicou ao G1.
Segundo ele, as 360 toneladas representam 65 mil itens. Já em 2010, o número foi de 17 mil. As regiões campeãs em apreensões são Planaltina, Sobradinho, Ceilândia e Taguatinga.
Carnachioni disse que o material foi encaminhado para um depósito. Os candidatos podem pedir a devolução, que só ocorre após pagamento de multa. Os valores giram entre R$ 2 mil e R$ 8 mil.
Ao fim do processo, os itens que não forem reclamados serão doados para cooperativas de reciclagem.
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