O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou nesta terça-feira (1º) que está "à disposição" para dar esclarecimentos sobre "qualquer fato". A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda a abertura de dois inquéritos na Operação Lava Jato para investigar políticos. Renan é citado em ambos.
Em um pedido, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede para investigar Renan, Delcídio do Amaral (PT-MS) e Jader Barbalho (PMDB-PA). No outro, pede para investigar Renan, Jader e o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE). Nas duas solicitações de abertura de inquérito, as suspeitas são de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os pedidos estão em segredo de Justiça e se baseiam em petições ocultas – procedimentos adotados no Supremo para manter em sigilo as delações premiadas.
“Com relação a mim, eu estou inteiramente à disposição para esclarecer qualquer fato. Estou inteiramente à disposição para esclarecer qualquer fato. Já prestei informações, nunca tive com ninguém nenhuma relação além das relações institucionais e nunca autorizei, nem consenti, nem permiti, nem permitiria que ninguém falasse em meu nome em nenhum lugar”, afirmou o presidente do Senado.
Nesta segunda, após a notícia de que a PGR havia feito o pedido, a assessoria de Renan havia divulgado nota em que suas relações com as empresas públicas "nunca ultrapassaram os limites institucionais" e que o senador "nunca autorizou, credenciou ou consentiu" que seu nome fosse utilizado por terceiros.