A Rede Amazônica promoveu, na tarde desta quinta-feira (31), uma reunião com os partidos políticos para definir a cobertura das eleições deste ano no estado. A reunião foi realizada no auditório da emissora e contou com a participação de representantes das coligações, partidos e candidatos que estão na disputa para o governo do Amazonas. Todos os candidatos assinaram termo concordando com as regras das entrevistas e debates. O G1 transmitirá ao vivo o debate e entrevistas com os candidatos promovidos pela TV Amazonas.
A primeira rodada de entrevistas está programada para o período entre os dias 19 a 23 de agosto, ao vivo no Jornal do Amazonas. Deverão participar os cinco candidatos mais bem colocados na primeira pesquisa Ibope divulgada pela emissora. Os dois candidatos que não participarão das entrevistas em estúdio por terem menor pontuação na pesquisa eleitoral terão direito a reportagens que serão veiculadas nos dias 25 e 26 de agosto.
Entre os dias 15 e 19 de setembro, haverá uma segunda rodada de entrevistas ao vivo no jornal Amazonas TV.
Também deverão participar os cinco candidatos mais bem colocados na pesquisa Ibope. A ordem das entrevistas vai ser definida por sorteio, um dia depois a divulgação das pesquisas. Os dois candidatos com menor colocação também terão direito a matéria jornalística, a ser veiculada nos dias 20 e 22 de setembro.
Nas duas rodadas, ao final dos telejornais os candidatos vão continuar sendo entrevistados também ao vivo no G1 e, além das perguntas sobre os planos de governo, deverão poder responder a perguntas feitas pelos internautas.
O debate entre os candidatos no primeiro turno está agendado para o dia 30 de setembro. Se houver segundo turno, o debate será no dia 23 de outubro à noite. Haverá uma nova reunião para tratar das regras dos debates.
Após a apresentação das regras dos debates e entrevistas, os candidatos e representantes assinaram o termo concordando com as regras expostas pela emissora.
O candidato Abel Alves (PSOL) destacou a importância do debate e entrevistas para escolha de representantes pelos eleitores. "Eu acho essa iniciativa louvável, afinal de contas hoje na democracia não podemos escolher os nossos governantes se não tiver debate, se a população não souber o que vai na cabeça dessas pessoas. É muito bom para que o povo saiba o que os outros pensam e fazer, evidentemente, o seu julgamento", afirmou.
A representante do candidato Chico Preto (PMN), Fabíola Abbes, também afirmou que a cobertura é vantajosa para os eleitores. "É muito importante. Não só a Rede Amazônica, mas temos observado que os demais veículos de comunicação têm aberto espaço para que os candidatos possam expôr os seus planos de governo e suas propostas. Quem mais ganha com isso é o eleitor, que vai ter mais tempo e oportunidade para analisar as propostas de cada um", disse.
Representando o candidato Eduardo Braga (PMDB), o advogado Daniel Jacob Nogueira elogiou a proposta da TV Amazonas. "A iniciativa da Rede Amazônica já é tradicional. Todo mundo já espera, em ano de eleição, assistir os debates porque é uma oportunidade ímpar para ter um debate exclusivamente de ideias, de propostas, uma discussão que é propositiva, e é isso que a coligação busca. Não se podia esperar algo diferente da TV Amazonas", ressaltou.
Para Herbert Amazonas, que concorre ao governo pelo PSTU, é necessário adequar as regras para que todos os candidatos possam participar do debate. Apesar da crítica, ele garantiu a participação na programação. "Era importante haver uma possibilidade de ter um formato que coubesse todas essas candidaturas. No mais, não havendo essa possibilidade, a Rede Amazônica está de parabéns e a gente vai aproveitar o máximo possível esse tempo destinado para propagar o plano de governo, para que a gente possa apresentar uma alternativa para a nossa cidade diferente dessa que governa a gente há 32 anos", afirmou.
O representante do candidato à reeleição, José Melo (PROS), Yuri Dantas Barroso, disse ser essencial a realização das entrevistas. "A iniciativa é brilhante e, mais do que isso, necessária. Na verdade, isso traduz um trabalho de garantir o acesso do eleitorado à informação, ao conhecimento dos candidatos, e é muito amplo e envolve todos os candidatos. É fundamental para que todos tenham acesso e os candidatos possam passar as suas informações, levar adiante as propostas que eles querem levar adiante nas eleições", destacou.
Luiz Navarro, candidato do PCB, afirmou inicialmente que não assinaria o termo. No entanto, o candidato mudou de ideia e se comprometeu a participar das entrevistas e debate propostos. "Eu acho essa iniciativa completamente injusta com as regras para os candidatos. Não temos nada contra a emissora, temos contra as regras. Nós lutamos contra o poder econômico pesado, lutamos contra os privilégios de tempo, e esta regra vem completar tudo isso. Vamos lutar contra ela", disse.
O candidato à vice-governador Júnior Brasil, da chapa de Marcelo Ramos (PSB), também garantiu a participação da coligação nas entrevistas. "É louvável a iniciativa para que todos os candidatos possam divulgar as suas propostas e projetos para governar o estado, de modo que a democracia sai ganhando e nós temos certeza que durante essa oportunidade nós vamos demonstrar para a população do Amazonas porque nós somos a proposta de uma verdadeira renovação da política do estado do Amazonas", completou.
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