A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) confirmou na terça-feira (13) a primeira morte na capital causada pelo vírus H1N1, a gripe A, neste ano. A vítima é um homem de 31 anos, que não foi identificado. Com isso, subiu para três o número de mortes confirmadas em função da doença no estado.
De acordo com a SMS, o homem começou a apresentar os primeiros sintomas no dia 24 de abril e procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu no dia 28. Ele permaneceu internado no local, mas não resistiu às complicações e morreu no último dia 2.
“Ele já chegou à unidade de saúde com sinais de agravamento e não teve o que fazer. O protocolo diz que os pacientes devem começar a tomar doses do Tamiflu até 48 horas após o aparecimento dos sintomas, para uma eficácia maior. Mas no caso dele, o medicamento só começou a ser administrado no quarto dia de infecção”, explicou ao G1 a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim.
A Secretaria informou, ainda, que quatro casos graves de H1N1 foram confirmados em Goiânia. Além disso, outras 47 suspeitas ainda são analisadas.
Casos no estado
Essa é a terceira morte causada pelo vírus H1N1 em Goiás neste ano. Além deste caso de Goiânia, outras duas ocorreram em Corumbaíba, em um período de 15 dias. Um menino de 11 anos, que era morador de Jataí, morreu com suspeita da doença no Hospital Materno Infantil, em Goiânia. No entanto, segundo Flúvia, não houve a confirmação do diagnóstico.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, no total, foram registrados 65 casos de gripe A, índice 8% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
Para evitar riscos, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha de vacinação até o próximo dia 23. Devem ser imunizadas crianças até cinco anos, idosos, gestantes, indígenas, pessoas com doenças crônicas e profissionais da área da saúde.
Confira os locais para vacinação em Goiânia
Segundo o infectologista Boaventura Braz de Queiroz, os riscos no período de seca aumentam ainda mais e todos devem se prevenir. “A vacina é eficaz, não é a melhor do ponto de vista de proteção, mas há um índice de prevenção de 80% a 90% para a população em geral. E uma coisa importante, já que a maioria das pessoas que morreram está na faixa entre 20 e 40 anos. Como essas pessoas estão fora da campanha de vacinação do governo, precisam buscar maneiras de se prevenir”, afirmou.
O infectologista também alerta que pessoas com doenças crônicas devem ser imunizadas. “Aqueles que pertecem aos grupos de risco, como portadores de HIV ou doenças renais, não podem ficar expostos aos riscos”, ressaltou.
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