Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
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Siamesas já respiram sem auxílio de oxigênio suplementar, em Goiânia

13.12.2014
13:30
FONTE: G1

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Já respiram sem auxílio de oxigênio suplementar as gêmeas siamesas que nasceram unidas pelo tórax e abdômen, em Goiânia. Segundo boletim médico deste sábado (13) divulgado pelo Hospital Materno Infantil (HMI), Anny Beattriz e Anny Gabrielly estão em estado grave, porém estável e seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.

Na sexta-feira (12), um exame identificou que, ao contrário do que foi avaliado antes do nascimento, as gêmeas não compartilham o coração. “Os dois corações estão muito próximos. Por isso, deu essa impressão no primeiro exame. Agora, vendo em detalhe o fluxo de sangue nas artérias do coração, foi possível ver que elas possuem os corações separados”, explicou na ocasião o médico cirurgião Zacharias Calil, que acompanha o caso.

Assim, elas compartilham apenas o fígado, o que aumenta a chance de sobrevivência e até mesmo de separação. A notícia trouxe ainda mais felicidade para a família: “Estamos ainda mais confiantes, a esperança só cresce, graças a Deus”, disse o pai das recém-nascidas, o agricultor Jeiel dos Santos Guedes, 25.

Mesmo com a notícia animadora, a equipe médica afirma que o caso exige cautela. “Pelo ecocardiograma, percebemos que os corações têm problemas de formação, porque as cavidades dos corações se comunicam, o que pode causar problemas no futuro. Mas só um exame de angiotomografia vai revelar mais detalhes disso e também dos vasos sanguíneos”, complementou o médico cirurgião.

A mãe das siamesas, a agricultora Iara Pereira Dourado, de 24 anos, recebeu alta do hospital na sexta-feira e está morando com o marido na casa da cunhada enquanto as filhas se desenvolvem. As gêmeas já se alimentam com pequenas quantidades de leite materno. A alimentação é feita por meio de sondas ligadas diretamente ao estômago.

Gestação
As crianças nasceram aos oito meses, na quarta-feira (10), no Hospital Materno Infantil. Os pais dos bebês são moradores da cidade de Ibipeba, na Bahia. Segundo o pai das recém-nascidas, ele e a esposa ficaram sabendo que as filhas eram siamesas no sexto mês de gestação. “No sétimo mês, tivemos a certeza absoluta da situação delas e da gravidade. No oitavo mês, nós viemos para Goiânia”, relatou.

Segundo Jeiel, eles tomaram a decisão de vir para a capital goiana porque a região em que viviam não tinha estrutura para atender a complexidade relacionada a uma gestação que gêmeos siameses exigem.

Apesar da situação, Jeiel está confiante e acredita no desenvolvimento das meninas. “No início, lógico que ficamos surpresos com a notícia, mas tivemos fé e força para seguir em frente. E elas são a força que precisamos agora”, disse no dia do nascimento das garotas.

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