Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
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Terceiro dia da CPI em Curitiba prevê acareação entre três réus da Lava Jato

02.09.2015
10:02
FONTE: G1

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O terceiro dia da CPI da Petrobras em Curitiba, nesta quarta-feira (2), prevê uma acareação entre os investigados da Operação Lava Jato Augusto Mendonça, ex-executivo da Toyo Setal, Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT).

Duque e Vaccari estão presos no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitba, e respondem pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Augusto Mendonça é delator do esquema.

Os deputados também pretendem ouvir o publicitário Ricardo Hoffmann e o lobista Fernando de Moura. A CPI investiga fraudes em contratos da Petrobras com empreiteiras. A sessão está marcada para começar às 9h, no prédio da Justiça Federal, no bairro Ahu.

De acordo com as investigações, a agência de publicidade dirigida por Hoffmann era contratada pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério da Saúde. A agência fazia subcontratações de fornecedoras de materiais publicitários e Hoffmann tinha como sócios o ex-deputado André Vargas e seu irmão, Leon Vargas.

As produtoras pagavam à Borghi Lowe o chamado “bônus de volume”, que consiste em uma comissão pelo trabalho recebido. A prática é considerada de praxe no mercado publicitário.

Entretanto, no caso investigado, o valor não era repassado à agência, mas às empresas LSI e Limiar, que pertenciam ao ex-deputado André Vargas e ao irmão de Leon Vargas.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), o bônus de volume envolvendo as empresas da família Vargas foi de 10%.

As investigações, afirmam os procuradores, comprovaram que tanto a Limiar como a LSI eram empresas “de fachada”, que só funcionavam para receber as vantagens indevidas prometidas ao ex-deputado pela influência na obtenção dos contratos de publicidade

Já o lobista Fernando Moura é acusado de representar José Dirceu na Petrobras, e é apontado pelo MPF como responsável pela indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços da estatal.

Segundo dia da CPI

O segundo dia da CPI, realizado nesta terça (1º), começou da mesma forma que o primeiro – com o silêncio. Cesar Ramos Rocha, ex-executivo da Odebrecht, foi o primeiro convocado e logo no início afirmou que ficaria calado.

"Vou exercer meu direito assegurado pelo Supremo e permanecer em silêncio”, afirmou Ramos. O advogado Nabor Bulhões afirmou aos deputados que o silêncio do  cliente não se trata de exercer o direito de não se autoincriminar, e sim, para obedecer ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a CPI não se presta a apurar crimes, sendo esta função do Poder Judiciário.

Ainda foram convocados Márcio Faria da Silva, Rogério Santos de Araújo, Alexandrino de Salles Ramos, Cesar Ramos Rocha, o ex-gerente da Petrobras Celso Araripe de Oliveira e o presidente da holding que administra a Odebrecht, Marcelo Odebrecht.

Todos ficaram em silêncio. Eles foram presos durante a 14ª fase da Operação Lava Jato.

Marcelo Odebrecht se recusou a falar sobre o processo judicial, mas respondeu a algumas perguntas dos deputados da CPI da Petrobras.

Ele negou a possibilidade de assinar acordo de delação premiada. “Para alguém dedurar, ele precisa ter o que dedurar. Isso não ocorre aqui", disse.

"Infelizmente, estou engessado... Até por respeito à decisão do Supremo Tribunal Federal, no que tange especificamente ao processo, já que existe um processo criminal em andamento, a gente fica impedido de falar sobre o processo. Espero que os senhores entendam essa situação”, disse Marcelo Odebrecht. Após 35 minutos, o executivo foi dispensado pelos deputados.

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