Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Testemunhas de defesa de executivos da OAS falam à Justiça

03.03.2015
15:47
FONTE: G1

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Cinco testemunhas de defesa arroladas pelos executivos da Construtora OAS, presos pela Operação Lava Jato, prestam depoimento nesta terça-feira (3) na Justiça Federal em Curitiba. José Ricardo Nogueira Breghirolli e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, que estão presos na Superintendência da Policia Federal da capital paranaense, estarão na audiência. Eles respondem por lavagem de dinheiro, corrupção e formação de organização criminosa. Os crimes ocorreram entre 2004 a 2014 dentro da Petrobras.

Ainda são réus nesta ação José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como “Léo Pinheiro”, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Fernando Augusto Stremel Andrade e João Alberto Lazzari – todos vinculados à construtora.

Além do doleiro Alberto Youssef, Waldomiro de Oliveira, ligado ao doleiro, e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), pessoas vinculadas à empresa pagavam propina para Paulo Roberto Costa.

O dinheiro era decorrente do lucro obtido pela construtora com os crimes de fraude à licitação e formação de cartel praticados na Petrobras. As irregularidades, conforme a denúncia, eram concretizadas pelo chamado “clube”.

Alberto Youssef, segundo o MPF, era responsável pela lavagem do dinheiro. Para isso ele e outros operadores financeiros firmavam contratos fictícios de prestação de serviços com empresas de fachada controladas por operadores financeiros.

O valor de corrupção estimado pelo MPF é de aproximadamente R$ 30 milhões, e o valor envolvido na lavagem é de aproximadamente R$ 10 milhões. A denúncia cita 20 atos de corrupção e 14 de lavagem de dinheiro. Para a Justiça, o MPF solicitou que os réus ressarçam aproximadamente R$ 200 milhões.

Na quarta-feira (4), o juiz Sergio Moro, responsável pela condução das ações penais oriundas da Lava Jato em primeira instância, ouve mais testemunhas de defesa da OAS. As testemunhas serão ouvidas via videoconferência de Guaíra e Paranaguá.

Mais sobre as suspeitas envolvendo a OAS

Segundo o despacho que decretou a prisão dos executivos, o juiz Sérgio Moro mencionou que entre os anos de 2005 a 2014, as empresas do grupo OAS e consórcios dos quais teria feito parte, fizeram contratos de R$ 10 milhões e de US$ 48 milhões com a Petrobras.

Também foi constatado que a OAS transferiu ao menos R$ 6,9 milhões para contas do operador do esquema Alberto Youssef, além de US$ 4,8 milhões em depósitos no exterior.

A denúncia afirma ainda que José Ricardo Nogueira “era o responsável, junto à OAS, pelos contatos e negócios com Alberto Youssef, inclusive para remessas fraudulentas ao exterior”, além de várias entregas de um total de R$ 676 mil em endereços indicados pelo doleiro.

À época, a OAS afirmou que prestou esclarecimentos e deu acesso a documentos requeridos pela Polícia Federal. “A empresa está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”, disse na nota.

Os advogados de defesa de José Ricardo Nogueira Breghirolli e Agenor Franklin Magalhães Medeiros protocolaram pedido de liberdade para ambis no Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação, entretanto, foi negada pelo ministro Ricardo Lewandowski.

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