O desaparecimento da universitária Taitiane do Nascimento, de 26 anos, completa três meses nesta segunda-feira (15). A irmã da vítima, Bibiane Nascimento, afirmou ao G1 que a polícia "pediu paciência" à família. Ela alegou que Taitiane teria sido vítima de um crime passional por se envolver em um triângulo amoroso com uma amiga da faculdade e o marido da colega. Segundo a Polícia Civil, o caso é investigado em segredo de Justiça.
"Acho absurdo pedirem paciência da família de alguém que está desaparecido", afirmou Bibiane. A irmã da universitária disse que visitou a Delegacia Especializada em Ordem Polícia e Social (DEOPS), onde o caso está registrado, há duas semanas e foi informada que não há novidades sobre o paradeiro da irmã. "Só sabem dizer que estão investigando e que precisamos ter paciência", relatou.
A irmã da desaparecida disse que a família não é informada de avanços nas investigações desde setembro. "O desaparecimento dela completa três meses nesta segunda-feira e continuamos sem saber o que está acontecendo. Acho tudo muito lento. É estranho ter se passado todo esse tempo e não a terem encontrado até agora", desabafou.
Segundo Bibiane, a família da universitária acredita que o desaparecimento está relacionado a um caso extraconjugal que Tatiane mantinha com uma colega da faculdade e o marido da amiga. "Uma das linhas de investigação é de que o marido da Taitiane e a amiga possam ter tramado algo. Ela nunca passou tanto tempo longe, é muito ligada à minha mãe, jamais sumiria assim", disse.
Em entrevista ao G1, o marido de Taitiane, Dominos Roberto, negou envolvimento no desaparecimento da mulher. Segundo ele, brigas sobre o caso extraconjugal aconteceram, mas o casal já teria resolvido o problema na época do desaparecimento da mulher. "Sou 30 anos mais velho do que ela, por isso era de se esperar que fosse traído. Quem pediu o início das investigações fui eu mesmo e nem falo com a amiga com quem ela teve um caso", alegou.
Três meses após o desaparecimento, a irmã da vítima diz que família cobra celeridade na investigação do caso. "Queremos uma resposta, porque realmente acreditamos que ela ainda está viva. É horrível viver assim, sem essa resposta", ressaltou.
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou, por meio de assessoria de imprensa, que o caso está em andamento sob segredo de Justiça para que não haja interferências nas investigações. Bibiane informou que deve tentar contato com o governador do Amazonas para buscar celeridade nas investigações.
"Queremos agora contato com as autoridades porque temos que saber o que está acontecendo. Não dá para ficarmos sem respostas sobre o caso da minha irmã. É difícil", disse a irmã da universitária.
Caso
De acordo com a família, a universitária desapareceu no dia 15 de setembro deste ano. Ela foi vista pela última vez pelo marido, no município de Manacapuru - onde o casal mantinha um restaurante.
Bibiane afirmou que, segundo o marido da estudante, Taitiane teria voltado para Manaus dirigindo. O carro da estudante foi deixado estacionado em frente ao apartamento em que ela morava, no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul da capital. As chaves foram encontradas no imóvel, que estava trancado e sem sinal de arrombamento.
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