Mato Grosso, 29 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

10,5 milhões de brasileiros produzem algo para consumo próprio, revela IBGE

07.12.2017
09:16
FONTE: G1

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    Ter uma horta em casa e se dedicar mais de uma hora semanal ao cultivo de alimentos é uma forma de produção para o próprio consumo, segundo o IBGE (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Cerca de 10,5 milhões de pessoas no Brasil trabalham na produção para consumo próprio da família ou de parentes. É o que revela um levantamento divulgado nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua ao longo de 2016.

 

Havia no país no ano passado 166,7 milhões de pessoas com 14 anos ou mais no país. Assim, o contingente que produzia alimentos para consumo próprio corresponde a 6,3% da população em idade de trabalhar.

 

Segundo o IBGE, “a produção para o próprio consumo se constitui das atividades de produção voltadas para o uso exclusivo dos moradores do domicílio ou de parentes não moradores”. Assim, uma pessoa que, por exemplo, possui uma horta em casa, utiliza parte da produção para consumo da família, mas vende a outra parte, não se enquadra neste contexto de atividade.

 

Ter uma mini horta em casa na qual se planta especiarias, mas cujos cuidados não demandam mais de uma hora semanal, também não foi considerado na pesquisa como produção para consumo próprio.

 

Além do cultivo de alimentos, a pesquisa considerou a coleta de água natural ou material combustível, como lenha e carvão; a fabricação de artigos de vestuário e alimentos; a construção, ampliação ou realização de grandes reparos no domicílio, entre outras.

 

A pesquisa mostrou que os homens eram maioria na produção para o próprio consumo. Eles representavam 51,9% do total de pessoas que se dedicam a este tipo de atividade. Revelou, também, que 54,8% das pessoas que se dedicavam a este tipo de trabalho se declararam pardas, enquanto 36,1%, brancas.

 

O IBGE destacou que quase a metade (48,8%) das pessoas que realizaram atividades de produção para o próprio consumo estavam desempregadas em 2016. Também enfatizou que as atividades onde mais se dava esse tipo de trabalho foram cultivo, pesca, caça e criação de animais, ou seja, na produção voltada à alimentação.

 

Segundo Alessandra Brito, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, não se pode afirmar que os desempregados que se dedicavam a produzir alimentos para o próprio consumo o faziam como meio de subsistência.

 

“Para afirmarmos isso, teríamos de ter cruzado as informações de todos os moradores do domicílio”, ponderou a pesquisadora. A subsistência seria caracterizada somente se a família não tivesse nenhum meio de consumo distinto da própria produção.

 

Alessandra enfatizou, também, que uma mesma pessoa pode se dedicar à produção para consumo próprio de bens distintos. Também ressaltou que a pesquisa é inédita e, por isso, não há base de comparação para se avaliar se tem havido aumento neste tipo de atividade.

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