Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Análise: Jadson ainda é o "diferente" do Corinthians, que já cria mais, mas peca na precisão

18.03.2019
08:49
FONTE: G1 MT

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  • corinthians3

Aos 35 anos, Jadson não será a melhor definição de resistência no Corinthians, já que busca a melhor forma física em 2019 e tem jogado menos do que gostaria. Mesmo assim, a vitória por 1 a 0 sobre o Oeste, neste domingo, na Arena, mostrou mais uma vez que o camisa 10 ainda é o que Fábio Carille tem de "diferente" em seu elenco.

 

É fato que, aos poucos, o Corinthians tem melhorado no setor de criação – mais triangulações, aproximações e infiltrações, talvez forçadas pela ausência de Gustagol, lesionado. Mas é quando Jadson entra em campo que o jogo parece clarear.

 

Contra o Ceará, quarta-feira passada, pela Copa do Brasil, ele e Vagner Love ajudaram a desamarrar um jogo difícil que terminou com vitória corintiana por 3 a 1. Neste domingo, mais uma vez, Jadson entrou para desatar um nó imaginário que o Timão vinha encontrando para chegar ao gol – criava, criava, criava, mas errava no terço final do campo.

 

Para se ter uma ideia da melhor criação, mas sem precisão, um dado: o Corinthians teve 24 finalizações na partida, mas apenas seis chances reais de gol. As duas mais claras criadas por Jadson – o início da jogada do gol de Danilo Avelar e um passe em profundidade para Boselli, que chutou a gol e exigiu boa defesa do goleiro do Oeste.

 

Com Jadson, o Corinthians teve oito minutos intensos entre o gol e uma bola na trave do camisa 10.

 

Depois de passar um período em preparação física especial, Jadson deve reforçar o Corinthians na hora certa. Para brigar em pé de igualdade com os rivais no mata-mata do Paulistão, o Timão pode confiar em seu camisa 10 como principal articulador.

 

O Corinthians, aliás, confirmou a vaga nas quartas de final do estadual com a vitória – enfrenta a Ferroviária. Antes, na quarta-feira, despede-se da primeira fase em duelo contra o bom Ituano, também classificado com antecedência.

 

O jogo

Ainda que sem o time completo, o Corinthians mostrou mais um passo em sua reconstrução ofensiva: Michel Macedo, na difícil tarefa de substituir o suspenso Fagner, conseguiu fazer boas jogadas com Pedrinho pelo lado direito. Brigadores, Vagner Love e Boselli pressionaram a defesa do Oeste e provocaram erros do rival.

 

Boselli, aliás, merece menção por estar entendendo melhor o jeito de jogar do Corinthians. Mais ligado, saindo da área e buscando jogo, ele teve boas oportunidades de marcar – um lance emblemático, aos 34 minutos, mostra o argentino roubando a bola do zagueiro dentro da área e finalizando rapidamente.

 

Foram 14 finalizações no primeiro tempo, um volume maior do que a equipe de Carille vinha apresentando – mas apenas uma chance real de gol, com Pedrinho. A precisão é o que falta para o Timão subir um nível no seu jogo.

 

Com Jadson por pouco mais de 30 minutos, o Corinthians se abriu e clareou o jogo. O meia, por dentro, permitiu maior movimentação dos homens de frente (Sornoza mais atrás, Pedrinho e Love abertos) e achou espaços vazios na defesa do Oeste.

 

Mais do que o gol, o passe para Boselli citado no início do texto mostra a diferença que o meia faz. 

 

O gol de Danilo Avelar, pouco antes, saiu também a partir de jogada trabalhada – o lateral, aliás, tem sido arma perigosa na bola aérea há algum tempo e já é o vice-artilheiro do Corinthians no ano, com três gols. "Na hora certa e no momento certo", como Avelar disse após o jogo, o Timão parece se acertar, ganhar equilíbrio e se tornar o time consistente que Carille espera ter em mãos.

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