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Perder para um Flamengo mais qualificado e cheio de estrelas no ataque não é um resultado anormal, mesmo em casa. O que mais preocupa neste Corinthians, porém, é que a derrota por 1 a 0 desta quarta-feira, em Itaquera, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, mostrou novamente um time sem inspiração na hora de construir jogadas e levar perigo ao adversário.
Dessa maneira, fica difícil acreditar que o Corinthians fará dois gols no jogo de volta, dia 4 de junho, no Maracanã, e avançar no torneio – ainda que Fábio Carille afirme que o confronto está "muito aberto".
São quase três semanas até o jogo de volta. Antes, há duelos pelo Campeonato Brasileiro e os encontros com o Deportivo Lara, da Venezuela, pela Copa Sul-Americana. Carille tem tentado mudanças de jogadores e estratégias, mas as opções vão se esgotando. E o Corinthians precisa de evolução urgente para não ver a briga por títulos fugir do alcance ainda no primeiro semestre.
Algumas tentativas de Carille no ano:
- Com um centroavante alto e de força física (Gustagol), o Corinthians começou bem o ano apostando em seu artilheiro;
- Na mesma posição, Boselli e Vagner Love foram testados, nem sempre com sucesso;
- Contra o Flamengo, Love e Boselli começaram um jogo juntos pela primeira vez: o primeiro rondando a área, e o segundo mais avançado;
- Pelas pontas, já passaram André Luis (que nem está mais no clube), Pedrinho, Mateus Vital, Ramiro, Clayson – e tem Everaldo chegando;
- Na armação, Jadson virou reserva, e Sornoza assumiu a função; contra o Fla, porém, foi usado como segundo volante;
- Ao lado de Ralf, Júnior Urso é titular, mas está voltando de lesão; Ramiro fez bons jogos, mas ainda oscila.
Contra o Athletico-PR, domingo, na Arena da Baixada, Carille tem nova chance de tentar fazer o time render. Claramente incomodado com a falta de evolução, o técnico tem sua "autoanálise" do elenco e diz que a parada para a Copa América será fundamental para os ajustes. Pode ser tarde demais...
O jogo
A escalação teoricamente mais ofensiva, com Sornoza recuado, dois meias, mais Vagner Love e Boselli, não se converteu em chances criadas dentro de campo. Foi o mesmo Corinthians de sempre, aplicado na marcação, com pouca posse de bola e buscando transições rápidas para ameaçar o Flamengo.
Não que tenha sido uma estratégia ruim, já que o adversário é qualificado e teve força máxima, com Everton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. Mas, sem propor jogo, o Corinthians foi, aos poucos, murchando sua própria torcida na arena.
A experiência com Vagner Love e Boselli juntos não funcionou. Os dois não se acharam em campo, não houve aproximação, e o argentino passou mais um jogo isolado no ataque, sem ter uma chance sequer de finalizar a gol.
Por outro lado, a entrada de Jadson na vaga de Boselli devolveu ao Corinthians uma maneira mais "natural" de jogar, com um armador de fato sendo o responsável pela criação. Aí sim o jogo clareou: Fagner passou a tabelar com o camisa 10, e as poucas chances foram criadas.
No entanto, a qualidade individual do Flamengo prevaleceu, e um cruzamento certeiro de Bruno Henrique para Willian Arão definiu o placar – no lance, Sornoza está dentro da área sem marcar o volante do Fla, e Henrique tenta, com atraso, salvar o Corinthians. Erro raro da defesa no jogo.
Fábio Carille não se omite, pelo menos. Em entrevista ao GloboEsporte.com publicada no início da semana, o técnico admitiu que não vem conseguindo avançar na ideia de jogo que tem para o Corinthians. Ele mexe, faz testes, tenta mudar a maneira de jogar... Mas, enquanto não der esse próximo passo, o time ficará longe da briga por títulos contra os maiores rivais no país.
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