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De dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, presos voltaram a criar um grupo em um aplicativo de troca de mensagens pelo celular para comandarem crimes em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia. Por meio do Núcleo de Inteligência, policiais civis conseguiram se infiltrar no grupo, onde bandidos falam de roubos e furtos de carros, drogas e fazem ameaças.
Isso ocorre menos de um mês após a Polícia Civil deflagrar uma operação que cumpriu 45 mandados de prisão e prendeu seis pessoas em flagrante nos quatro estados, desmantelando uma organização criminosa que era comandada pelo detento Luciano Mariano da Silva, conhecido como "Marreta". Ele comandava roubos e furtos de carrros e troca de veículos por armas em países vizinhos - tudo isso por meio de um grupo chamado "Marreta Progresso 157".
À reportagem, a Secretaria Estadual de Justiça e Diretos Humanos (Sejudh), responsável pelo monitoramento dos presos, diz que fez um investimento de R$ 2,5 milhões para a aquisição de um equipamento que possibilitará o bloqueio imediato de celulares nas maiores unidades prisionais de Mato Grosso. A pasta informou, ainda, que tem equipamentos para coibir e apreender objetos ilícitos que estajam com os presos.
O grupo usado pelos bandidos para trocarem mensagens, agora, tem um novo "comandante" que, assim como "Marreta" fazia, gosta de postar fotos tiradas dentro da PCE e se exibir nas redes sociais. Robson Araújo, o "Carcaça", tem pelo menos nove passagens pela polícia, respondendo por diversos crimes, como roubo, furto, formação de quadrilha, receptação, corrupção de menores, porte ilegal de arma, dano ao patrimônio, falsa identidade e fuga.
"Carcaça" foi preso no fim do mês passado, quando a polícia deflagrou a Operação "Ares Vermelhos". Os chefes do bando alvo da operação, que estavam presos na PCE, comandavam - e comandam - as ações criminosas até hoje. A Polícia Civil identificou que a maior parte da quadrilha investigada agora está em unidades prisionais de segurança máxima que não conseguem isolar os bandidos.
No grupo, um dos bandidos chega a afirmar que, mensalmente, os agentes penitenciários fazem revistas nas celas e apreendem de 50 a 70 celulares, razão pela qual eles precisam ter, em média, R$ 2,5 mil com eles para comprarem novos aparelhos a cada mês.
De acordo com o delegado Vitor Hugo Bruzolato Teixeira, a polícia tenta conseguir a transferência dos presos que integram a quadrilha. Após a operação, um dos líderes, o "Marreta", foi transferido da PCE para o presídio de Água Boa, a 736 km de Cuiabá.
"Vamos dar continuidade às investigações e insisitir no isolamento e na transferência imediata desses elementos para presídios federais", disse.
Troca por armas
No grupo, os bandidos continuam compartilhando fotos de carros roubados que são vendidos na Bolívia e trocados por drogas e armas. Durante a nova fase das investigações, a Polícia Civil conseguiu apreender um fuzil, armamento considerado de guerra, que havia sido adquirido pelos criminosos.
"De acordo com informações, esse armamento é fruto de troca de veículos roubados aqui na capital e levados para um país vizinho", afirmou o delegado.
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