Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

As carnes avícolas em três momentos: 2001, 2016 e 2026

20.07.2017
15:07
FONTE: AviSite

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Reunindo dados extraídos do “OCDE-FAO Agricultural Outlook 2017-2026”, recentemente publicado, a tabela abaixo mostra, para uma comparação, a produção e o consumo das carnes avícolas em 2001 e 2016 (resultado preliminar), bem como as tendências para 2026 (objetivo básico do estudo da OCDE/FAO).

 

Na tabela foram compiladas não só as informações relativas à produção e ao consumo globais, mas também as atinentes aos quatro maiores produtores mundiais (EUA, China, Brasil e União Europeia). De quebra, incluíram-se os dados dos BRICS, bloco econômico do qual participam, além de Brasil e China, a Rússia, Índia e África do Sul.

 

Notar que embora a carne de frango seja o produto preponderante, os valores apontados referem-se às carnes avícolas em geral. Daí, por exemplo, a China – onde é intensa a criação de palmípedes – aparecer na tabela como segundo produtor mundial e com volumes muito próximos dos registrados nos EUA. O mesmo se aplica à União Europeia, onde a produção avícola é bastante diversificada e o volume produzido acaba sendo muito similar ao registrado no Brasil.

 

Naturalmente, o saldo apontado na tabela corresponde à diferença entre a produção e o consumo. Mas em países que nada importam – caso, principalmente, do Brasil; mas também dos EUA, que pouco importam – esse saldo corresponde ao volume exportado.

 

Analisando-se os números apresentados sob o ângulo das variações previstas para 2026, observa-se que o incremento projetado para o setor nestes próximos 10 anos (2017 incluso) é bastante modesto, girando em torno dos 13%. Isto, no entanto, não se aplica ao Brasil, para quem se visualiza expansão ainda menor, inferior a 1% ao ano tanto na produção como no consumo interno.

 

Em outras palavras, tudo indica – e o setor já deve ter percebido isso – que a fase áurea de expansão da avicultura brasileira no caso da carne de frango já ficou para trás. Isso, aliás, fica bem claro quando se compara a produção brasileira prevista para 2026 com aquela registrada em 2001: quase 120% de aumento, índice que deixa à distância os outros três grandes produtores e a própria produção mundial (expansão de 84,80%). Mas a maior parte do aumento brasileira agora é parte do passado.

 

É interessante observar, ainda, que as variações nos índices de produção e consumo apresentam – em geral – valores muito próximos. Exemplificando, a produção mundial em 2026 tende a crescer 84,80% em relação a 2001 – apenas 1,24 ponto percentual a menos que o crescimento previsto para o consumo (86,04%).

 

Isso, porém, não se aplica ao Brasil, onde o aumento de consumo previsto corresponde, aproximadamente, ao que é apontado para a China (+86,97%) ou, mesmo, para o consumo mundial (+86,04%). Porém, o índice de expansão sugerido para o consumo brasileiro (+82,30%) está 36,83 pontos percentuais abaixo do aumento de produção estimado para o País (+119,13%). Um indicativo da elevada dependência do setor ao mercado externo.

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