Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Bullying: médico orienta pais sobre conduta que pode prejudicar crianças e jovens nas escolas

20.10.2017
15:08
FONTE: ExpressoMT

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  • palestra bullying

    ExpressoMT

Com a proposta de ampliar o debate sobre bullying, o médico pós graduado em psiquiatria Wagner Godoy realizou uma palestra na noite desta quinta-feira (19) no plenário da Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde. O tema da palestra foi ‘Bullying escolar e o contexto familiar’. Acadêmicos de enfermagem, profissionais liberais e pessoas da comunidade acompanharam a abordagem feita pelo médico.

 

Godoy, que também é vereador, é coautor de uma lei que institui uma semana para a realização de ações especificas para tratar situações de bullying no âmbito escolar e social de Lucas do Rio Verde. Ele ressaltou que esse tipo de comportamento vem provocando mudanças no comportamento dos jovens em todo o país. No dia a dia, em seu consultório, Wagner Godoy tem tratado vários casos de adolescentes que sofrem com piadas ou agressões de colegas de escola. “Diante disso eu resolvi trazer esse contexto pra Câmara e pro grupo Mais Vida e pessoas da sociedade luverdense”, disse.

 

Durante a palestra, o médico fez uma abordagem do que é o bullying e os efeitos que a conduta, que geralmente acontece em ambiente escolar, traz para a criança ou adolescente. Godoy advertiu que algumas situações que ocorrem dentro de casa podem desencadear o bulliyng. “Tem pais que são muito rígidos com as crianças, com os filhos, com os adolescentes, e isso pode propiciar uma pessoa que fazer o bullying, ninguém está falando para os pais não serem rígidos, em algum momento tem que ser, mas alguns exageram na rigidez”, observa, acrescentando que há casos de pais que exageram no consumo de bebida alcoólica e os filhos, ao presenciarem o resultado do consumo, acabam se tornando geradores de bullying. Com base nesses levantamentos de casos feitos pelo médico é possível e necessária a intervenção dos pais para evitarem a disseminação no bullying na escola.

 

Como os casos são comuns em ambiente escolar, Wagner Godoy explica que os professores são grandes agentes colaboradores para impedir o surgimento de novos casos. Ele observa que como o contato entre professores e alunos aumentou com a implantação das atividades em tempo integral e isso facilita a identificação de casos. “Eles ajudam sim, passam algumas informações aos pais”, informou, destacando que a presença dos pais na escola, em reuniões de avaliação ou de forma ocasional, é fundamental para tornar o ambiente apropriado para a formação educacional de crianças e jovens. 

 

O mundo globalizado, com acesso integral de crianças e jovens a mídias digitais, propicia condições de isolamento de indivíduos e potencializa meios para a prática do bullying. Atraves de aplicativos, como Whatsapp e Facebook, fatos viralizam com muita rapidez expondo as pessoas. O médico observa que as crianças e jovens não sabem lidar com essas situações. “As coisas tomaram proporções muito grandes. Temos que saber diferenciar uma brincadeira, porque determinados tipos de brincadeira podem prejudicar aquele jovem”, destaca Godoy, alertando para o cyberbulying, quando contas fakes são criadas em páginas sociais na internet para difamar ou mesmo ridicularizar as pessoas. “Acaba disseminando essas situações muito rápidas. Tenho acompanhado alguns casos no consultório”, revela.

 

“Se vê que perdeu o controle, que precisa de ajuda de um profissional da saúde mental pode procurar ajuda no consultório, os profissionais vão orientar esse contexto e qual caminho a ser seguido. É extremamente importante procurar ajuda quando necessário”, conclui.

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