Mato Grosso, 28 de Março de 2024
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Cabo Gerson diz que ex-governador de MT recebia periodicamente arquivos das interceptações de interesse dele

18.07.2019
07:56
FONTE: G1 MT

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  • Cabo Gerson Corrêa em novo interrogatório — Foto: Américo Neponuceno/TVCA

    Cabo Gerson Corrêa em novo interrogatório — Foto: Américo Neponuceno/TVCA

Em depoimento nesta quarta-feira (17), na Vara Militar, em Cuiabá, o cabo da Polícia Militar, Gerson Corrêa, réu num processo que investiga um suposto esquema de interceptações telefônicas clandestinas, afirmou que o ex-governador Pedro Taques (PSDB) recebia, frequentemente, arquivos em pendrives, onde constavam as interceptações telefônicas de interesse dele.

 

Ainda segundo o PM, Paulo Taques também recebia os arquivos. Ele alegou que recebeu ordens do coronel Evandro Lesco para destruir esse material, quando o suposto esquema foi denunciado.

 

Gerson reiterou que o ex-governador e ex-secretário-chefe da Casa Civil tinham conhecimento dos grampos, bem como, haviam financiado a compra de equipamentos para a montagem do escritório de interceptações clandestinas.

 

Por meio de nota, Pedro e Paulo Taques disseram que todas as informações expostas nesses depoimentos são versões sem provas.

 

Paulo Taques, inclusive, informou que pediu para ser ouvido no processo. Ele disse que, há dois anos, aguarda para ser interrogado e isso não aconteceu.

 

Participação de promotores

Assim como os coronéis Zaqueu Barbosa e Lesco, cabo Gerson afirmou que alguns promotores tinham conhecimento e eram beneficiados pelo esquema. Inclusive, havia investido recursos de uma "verba secreta" nas escutas.

 

Ele relatou que essa verba era usada nas operações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), para custear despesas, como alimentação e manutenção de veículos. O dinheiro que sobrava era devolvido aos promotores.

 

 

Entretanto, em vez do dinheiro restante ser depositado no banco, era colocavam em um cofre, que os promotores usavam, inclusive, para despesas pessoais. Depois de usar o dinheiro, segundo Gerson, os promotores forjavam prestação de contas.

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