Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

Café: Bolsa de Nova York recua cerca de 100 pts nesta 5ª feira em ajustes após altas recentes

20.07.2017
09:42
FONTE: Notícias Agrícolas

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Após alta nas últimas duas sessões, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de cerca de 100 pontos, devolvendo praticamente todos os ganhos dos últimos dias. Apesar dos ajustes técnicos, o mercado ainda segue acima de US$ 1,30 por libra-peso nos principais vencimentos.

 

Por volta das 09h17 (horário de Brasília), o contrato julho/17 registrava 131,20 cents/lb e queda de 70 pontos (fechamento da sessão anterior), o setembro/17, referência de mercado, estava cotado a 134,65 cents/lb com desvalorização de 115 pontos. Já o vencimento dezembro/17 caía 120 pontos, a 138,15 cents/lb, e o março/18, mais distante, tinha baixa de 130 pontos e estava sendo negociado a 141,50 cents/lb (fechamento da sessão anterior).

 

O mercado vinha tendo suporte do financeiro nos últimos dias. O dólar comercial fechou a sessão de ontem (19) com queda de 0,19%, a R$ 3,1493 na venda, em meio a calmaria no ambiente político e na expectativa do ingresso de recursos externos. O câmbio impacta diretamente nas exportações da commodity. O petróleo também influenciava positivamente os negócios com o grão, já que está trabalhando com altas de mais de 1% em cerca de US$ 47 o barril.

 

No Brasil, por volta das 09h17, o tipo 6 duro era negociado a R$ 450,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 462,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 450,00 a saca.

 

Veja como fechou o mercado na terça-feira:

 

Café: Bolsa de Nova York tem alta de mais de 100 pts nesta 3ª feira com recompras e suporte do financeiro

 

O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerrou a sessão desta terça-feira (18) com alta de cerca de 100 pontos nos principais vencimentos com recompras sendo realizadas e com suporte do câmbio, que impacta nas exportações da commodity. Com avanço, alguns vencimentos mais distantes já se aproximam do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.

 

O contrato julho/17 fechou a sessão cotado a 131,90 cents/lb com alta de 35 pontos, o setembro/17, referência de mercado, registrou 134,90 cents/lb com avanço de 135 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 138,45 cents/lb e valorização de 130 pontos e o março/18, mais distante, subiu 130 pontos, fechando a 141,90 cents/lb.

 

"As bolsas operam em ligeira alta, tanto Nova York quanto Londres, em recompras técnicas. O mundo está respirando um pouco melhor ante os desdobramentos recentes que estamos vivenciando. No Brasil, temos também uma tranquilidade política artificial em Brasília", disse pela manhã em seu boletim diário de mercado o analista Maros Corretora, Marcus Magalhães.

 

Além dessa movimentação técnica, também dá suporte para o mercado as informações financeiras, principalmente o câmbio. O dólar comercial fechou a sessão desta terça com queda de quase 1%, na casa de R$ 3,15 na venda, seguindo o enfraquecimento da divisa no exterior. As oscilações cambiais impactam diretamente nas exportações já que os negócios são feitos em dólar.

 

"Quando a moeda está caindo, (os exportadores) vendem café e açúcar o mais rápido que podem. Quando está se recuperando, eles não sentem a necessidade de fazer isso", disse o analista internacional da OptionSellers, James Cordier.

 

O petróleo também impacta nos negócios com o grão, uma vez que esteve em alta de cerca de 1% durante o dia em cerca de US$ 45 o barril. A commodity tem peso no índice de commodities, pois serve de referência para os fundos atuarem no mercado, e com isso tende a impactar todas as outras presentes na cesta.

 

O clima mais frio no Brasil também segue no radar dos operadores no terminal externo. "Essa nova massa polar é continental e o frio será intenso, elevando o risco para ocorrência de geadas em áreas de café e de cana-de- açúcar. O monitoramento dessa massa polar e do risco de geada vai continuar nos próximos dias", reportou a Climatempo.

 

O Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) informaram ontem (17) que era possível ocorrência de geadas na madrugada desta terça-feira na parte oeste da região cafeeira paranaense, abrangendo a faixa que passa por São Jorge do Patrocínio, Umuarama, Jesuítas e municípios próximos. No entanto, até o momento, não houve relatos da condição por parte dos cafeicultores.

 

As lavouras da safra 2017/18 estão em plena colheita no cinturão produtivo do Brasil. Os cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) haviam colhido a 56,93% até o dia 15 de julho, ou 3,87 milhões de sacas de 60 kg. Desde 2012, os trabalhos só não estão mais adiantados do que em 2014, quando 59,53% das lavouras haviam sido colhidas no período.

 

Mercado interno

Os negócios com café estão acontecendo lentamente nas praças de comercialização do Brasil. Os produtores seguem à espera de melhores patamares para retomarem as vendas e estão ainda bastante atentos com os trabalhos de colheita que se aproximam da metade na maioria das origens produtoras do país.

 

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 505,00 e alta de 1,00%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.

 

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 a queda de 4,08%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

 

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável), Franca (SP) (-2,13%), Guaxupé (MG) (+1,10%), Média Rio Grande do Sul (estável) e Varginha (MG) (estável), ambas com saca a R$ 460,00. O município paulista teve a maior oscilação no dia.

 

Na segunda-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 455,10 e queda de 0,10%.

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