Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Esportes

Clube dos sonhos e técnico como pai agora no rival: a base de Orejuela e Sornoza

21.09.2017
08:43
FONTE: G1

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    Orejuela e Sornoza cresceram juntos no Independiente del valle (Foto: Divulgação/Independiente del Valle)

O Independiente del Valle tem como lema uma frase motivadora: "Nunca deixe de sonhar". Basta entrar na sede do time de Sangolquí, cidade ao sul e distante quase 40 minutos de Quito, para entender que o sologan também é literal.

 

A estrutura do Centro de Alto Rendimento é de dar inveja a muito time brasileiro. Em uma área de 10 hectares, com oito campos (um sintético), vestiários independentes a todas categorias (do sub-11 ao profissional) e uma escola, faz todos os seus jogadores acreditarem ser possível tornar realidade tudo o imaginado.

 

Foi esta base que formou Orejuela e Sornoza, os equatorianos destaques do Fluminense. A dupla ainda teve o treinador uruguaio Pablo Repetto como pai. Justamente ele quem comanda a agora rival LDU.

 

O CT é único na paisagem da região, conhecida também por abrigar o vulcão Cotapaxi. Nele, moram 120 crianças e adolescentes, de 11 a 17 anos. O profissional treina e concentra no local, tido como uma das explicações para a rápida ascenção do time: subiu para a primeira divisão em 2010, foi vice três anos depois e, na temporada passada, ficou em segundo lugar na Libertadores.

 

Orejuela e Sornoza são personagens desta evolução. Parte de um elenco formado pela base, jovem (média de 22 anos) e adepto do futebol de valorização da posse de bola e veloz. Tamanho o sucesso, 13 atletas do time que perdeu para o Atlético Nacional foram vendidos. A política se manteve, afinal, não é causuística. É convicção: o atual grupo de 25 atletas tem 12 formados na base. Ocupa a quinta posição no segundo turno do Equatoriano, a terceira na classificação geral. Tem chance de chegar à final.

 

- São dois jogadores que trabalhei por quase quatro anos. Eles cresceram comigo, quando cheguei lá não estavam consolidados. Foram crescendo pouco a pouco, amadurecendo bastante. Hoje são titulares e importantes no Fluminense. Fico feliz por ter ajudado - relembra Repetto.

 

Sornoza diz que a evolução ocorre a partir do momento em que o técnico dá confiança e estuda modelos de jogo e adversários. Não se furta em agradecer o apredizado:

- Ele me ajudou muito, me deu muita confiança e conhecimento. Foi uma grande pessoa para mim.

 

Não à toa Sornoza - assim como Orejuela - são referências. Suas imagens estão espalhadas pelo CT, com frases motivacionais aos futuros jogadores. Mas o que mais fizeram?

 

O primeiro título da dupla foi o nacional sub-16 - o clube aliás ganhou todas as oito edições do torneio. Eles terminaram o que seria o segundo grau no Brasil no clube - os atletas da base treinam pela manhã e estudam à tarde na escola que fica no CT, credenciada pelo Ministério da Educação do Equador - além da educação, o clube fornece alimentação e acompanhamento médico e psicológico. E passaram a frequentar o profissional em 2012.

 

Até lá, em uma trajetória cujo início foi a partir da captação de olheiros, evoluíram ano a ano. Ficaram responsáveis por limpar os seus dormitórios, uma regra do clube. A base tem ainda uma academia e um departamento médico próprios. E todo o CT tem rede wi-fi, o que permite transmitir treinos e jogos em streaming - uma maneira de abastecer observadores e familiares.

 

A dupla não esquece as origens. Sempre que está no Equador e é possível, visita o CT. A sua casa por quase oito anos. Um clube que os ajudou a tornar o sonho em realidade.

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