Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
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Com água contaminada, moradores enfrentam dificuldades há 8 meses

20.04.2017
15:50
FONTE: G1 MT

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  • água contaminada ilust

    Contaminação da água que abastece Barão de Melgaço continua sem solução (Foto: Reprodução)

Sem água potável nas casas, os moradores de Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, vêm enfrentando dificuldades. Alguns compram água mineral, outros percorrem longas distâncias em busca de água ou pegam com a vizinhança que tem poço artesiano. Há aproximadamente 8 meses foi constatado que a água que abastece o município estava contaminada.

 

Desde que soube da contaminação da água, o morador Dorival Gonçalves de Queiroz busca água de bicicleta em uma chácara. "Venho três vezes por semana. Faço questão de vir para buscar água boa", disse.

 

Num ponto de revenda de água mineral, as vendas aumentaram depois da contaminação. "Os moradores estão preocupados porque a água está imprópria para o consumo", disse a comerciante Maria Vanda da Silva.

 

A água que abastece a cidade é captada do Rio Cuiabá passa pela estação e segue para a casa dos moradores.

 

A Estação de Tratamento de Água do município é antiga. Tem mais de 40 anos e, nesse período, passou por uma obra de ampliação, em outubro de 1984.

 

Uma avaliação técnica apontou que um dos motivos da água ter sido contaminada foi justamente por falta de melhorias na estação e também na rede de distribuição. O município chegou a decretar situação de emergência no ano passado por causa da qualidade da água.

 

Segundo o prefeito Élvio de Souza Queiroz, a solução definitiva para esse problema seria a construção de uma nova ETA, o que levaria um ou dois anos. A alternativa então é reformar a estação, mas o prefeito alega que não tem dinheiro em caixa e precisa da ajuda do governo do estado.

 

"O município não tem recursos para isso, mas o governo do estado irá nos ajudar. Está faltando só a liberação para a licitação da obra. Acredito que nos próximos dois meses daremos início a essa obra", afirmou.

 

A cidade tem apenas uma estação de tratamento e não tem como interromper o abastecimento. Na semana passada, uma equipe da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) fez a coleta de amostras d'água e também do solo.

 

"A água está imprópria para o consumo humano, uma vez que o teor de cor e turbidez foi muito alto. O teor bacteriológico está dentro dos padrões, porém, quando a turbidez é alta o cloro pode não ficar bem atuante", explicou o farmacêutico bioquímico Cássio de Melo Campos.

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