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A dívida do governo do estado com a saúde é de R$ 162 milhões, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). A pasta disse já ter repassado R$ 67 milhões às unidades. Os atrasos nos repasses motivaram a greve de funcionários de alguns hospitais, afetando parte dos serviços. Os pagamentos, conforme o governo, começaram a ser feitos na última quarta-feira (24).
Esse dinheiro, de acordo com o governo, foi remanejado da folha de pessoal, que depois deve ser coberto, e está sendo liberado via Fiplan (Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado de Mato Grosso), para cair mais rápido na conta dos hospitais.
A previsão é que mais R$ 13 milhões sejam repassados nesta segunda-feira (29). Depois disso, a SES informou que irá divulgar o detalhamento dos valores pagos a cada unidade de saúde.
Entre os hospitais em que a situação é mais crítica está o regional de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, que ganhou repercussão depois que o diretor técnico da unidade, Roberto Satoshi, chorou durante uma entrevista sobre a precariedade do hospital devido à falta de repasses do governo, na semana passada. Nessa mesma semana, ele deixou o cargo de direção. Segundo a direção, a dívida do estado com o hospital passa de R$ 8 milhões.
Conforme a Secretaria de Saúde, na quinta-feira (25), foram repassados R$ 3,9 milhões ao hospital para quitar parte dos débitos com a empresa responsável pela lavanderia e também outras pendências que não foram especificadas. Até o dia 19 deste mês já tinham sido liberados pouco mais de R$ 4 milhões ao hospital, sendo parte do governo federal e o restante de bloqueio judicial.
O atraso nos repasses afeta todos os hospitais regionais. Mais ainda têm prejudicado o atendimento das unidades que precisam de verba do estado para se manter, como os filantrópicos. Na semana passada, os hospitais filantrópicos de Mato Grosso alegaram que o governo deve R$ 13 milhões às seis unidades que recebem pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
No Hospital Geral de Poconé, a 104 km de Cuiabá, a precariedade é tamanha que os pacientes têm que pagar pelos medicamentos que deveriam ser fornecidos pela unidade e até comprar insumos básicos, como gaze e esparadrapo, por exemplo. As famílias dos pacientes é quem está limpando a unidade, que, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, não recebe verba do governo do estado desde janeiro deste ano.
Sem salários, os funcionários estão em greve há quatro meses e as internações estão suspensas.
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