Mato Grosso, 28 de Março de 2024
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Com doença rara, nadadora dona de 8 medalhas em Parapans busca ajuda para fazer cirurgia

29.11.2019
08:50
FONTE: GloboEsporte

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  • Com doença rara, nadadora dona de 8 medalhas em Parapans busca ajuda para fazer cirurgia

    Divulgação/CPB

As últimas semanas não têm sido fáceis para Mariana Gesteira. Dona de oito medalhas em Parapans e finalista na Paralimpíada do Rio, a nadadora de 24 anos teve de se afastar do esporte por conta da sua saúde. Competidora da classe S10, Mariana tem a síndrome de Arnold Chiari, que causa fraqueza intensa e desequilíbrio no corpo. Com o agravamento das suas condições, a nadadora corre atrás de ajuda financeira para fazer uma neurocirurgia onde o procedimento principal é a instalação de uma válvula no cérebro.

 

- Fui afastada dos treinos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro há 15 dias. Só tenho feito academia bem leve para não ficar totalmente parada. Não posso me esforçar muito no momento, porque os sintomas estão fortes demais. Nem subir escada ou trocar de roupa eu estou conseguindo fazer direito - disse Mariana, que é atleta do Vasco, mas treina em São Paulo.

 

Mariana descobriu a síndrome aos 14 anos. Na ocasião, ela teve de se submeter a uma cirurgia de emergência, tendo problemas no pós-operatório como meningite, rejeições e fístula, precisando passar por um outro procedimento para correção.

 

Anos depois, já nadadora com grandes resultados, Mariana passou por uma terceira cirurgia para refazer todo o primeiro procedimento e colocar uma placa de titânio. Após a Rio 2016, porém, seus sintomas (fraqueza muscular e desequilíbrio) voltaram a se intensificar, chegando a um nível insuportável nas últimas semanas.

 

- Foi o departamento médico do Comitê que descobriu o que está acontecendo comigo. Me pediram uns exames e constataram que eu tenho uma fibrose no local das cirurgias anteriores. Essa fibrose impede a passagem do líquor, que faz aumentar a pressão intracraniana. Foi por isso que eu piorei - contou.

 

Preocupada com o futuro na carreira, a nadadora resolveu recorrer à internet para operar o quanto antes. Mesmo tendo plano de saúde vinculado ao seu pai, Mariana não sabe o quanto terá de despesas hospitalares no procedimento. Há a preocupação também com o valor da placa, anestesia, exames e demais itens necessários à instalação da válvula.

 

- Só a placa custa R$ 30 mil. Só vou saber os custos totais da minha cirurgia quando sair do hospital. Mesmo porque vou precisar fazer vários exames depois e há uma medicação cara que vou precisar tomar por um longo período - destacou.

 

A ideia de Mariana Gesteira é fazer a cirurgia ainda em dezembro. Visando uma vaga nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, ela pretende voltar a treinar em janeiro.

 

- Tenho que voltar o quanto antes, porque a seletiva paralímpica é em março ou abril. Por isso tenho urgência na cirurgia, que é um procedimento que ainda não foi usado em pessoas com Arnold Chiari. Outro motivo da minha vaquinha é o pós-operatório, porque vou ter um risco de infecção muito alto pelos próximos seis meses. Então é possível que eu volte a ter despesas com medicamentos ou internações a qualquer hora - finalizou a nadadora paralímpica.

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