Com greve mantida e pedido de diálogo, comissão de professores vai ao Ministério Público

Os profissionais da educação em greve em Lucas do Rio Verde estiveram reunidos durante a tarde na sede do sindicato. A categoria decidiu, por maioria, manter o movimento e solicitou a abertura de diálogo com o Executivo Municipal. Os profissionais reivindicam acréscimo de 3,51% ao índice aprovado para a revisão geral anual dos salários dos servidores, efetivação da mudança da data base para janeiro e inclusão de carreiras ao Plano de Cargo, Carreira e Salários.

Minutos do fim da assembleia, quando havia poucos profissionais na sede do Sintep, a presidente Tânia Jorra foi notificada por um oficial de Justiça quanto a decisão do mandado interposto pelo Executivo, julgando a greve abusiva e ilegal. A notificação deverá ser levada a assembleia, já que a decisão determina o retorno imediato dos profissionais às salas de aula, sob pena de corte de ponto e multa diária por desacatar a decisão judicial.

Durante a assembleia, os profissionais decidiram por montar uma comissão e pedir que o Ministério Público medeie com o Executivo uma saída para o entrave. A reunião foi a portas fechadas. O diretor regional do Sintep, Valdeir Pereira, explicou todos os canais que possam auxiliar na busca de soluções não podem ser descartados. “Amanhã, possivelmente, já encaminharemos alguns documentos para o Ministério Público, relacionados à pauta de reivindicações, as possibilidades que podem ser entendidas como avanço da categoria, e, no entanto, há um grande entrave em relação ao principal ponto que é o reajuste e a questão do plano de carreira e a mudança da data base tramitou na Câmara de Vereadores e, no entanto, ainda não virou lei”, analisa.

Nesta terça-feira os profissionais voltam a se reunir em assembleia na sede do Sintep, às 15 horas. Até lá, a categoria mantém o movimento grevista.

Reclamações

Durante a assembleia e logo após a reunião, profissionais da educação reclamaram da conduta de dois membros da Procuradoria do município que postaram foto com a decisão da justiça ‘comemorando’ o resultado. A postagem foi vista como provocação pelos profissionais que chegaram a pedir a retratação dos dois procuradores.