Com Tréllez, Inter concentra quase 40% das contrações dos últimos três anos no ataque

Santiago Tréllez chegou a Porto Alegre na manhã de quarta-feira sem grande alarde no Aeroporto Salgado Filho para ser o sétimo reforço do Inter em 2019. E para confirmar uma diretriz de atuação da diretoria colorada com prioridade ao sistema ofensivo não apenas na temporada, mas desde que a atual gestão assumiu o clube, em 2017.

O centroavante colombiano é o 13º atacante contratado pelo Colorado de um total de 36 reforços nas últimas três temporadas. O número corresponde a 36% dos reforços do clube de 2017 para cá.

A comparação torna a marca ainda mais expressiva. A posição de volante é a segunda que mais recebeu contratações. Foram, ao todo, sete atletas para a função em três anos, pouco mais que a metade do número de atacantes.

Uma análise ano a no também confirma a prioridade ao sistema ofensivo. Em 2017, cinco dos 15 reforços que desembarcaram no Beira-Rio foram para o ataque. No ano passado, foram 14 contratações, das quais quatro atacantes.

O número elevado de reforços se explica pela alta rotatividade do setor e pela necessidade de reposição a eventuais saídas. O Inter contratou nove atacantes entre 2017 e 2018. Seis deles já deixaram o clube.

William Pottker é o único dos jogadores contratados para a Série B que segue no clube, ao passo que Wellington Silva e Jonatan Alvez são os remanescentes do ano passado. O gringo, aliás, deve se despedir do Inter ao término de seu empréstimo, no meio do ano – se não antes. Nico López é o atacante mais longevo e está no clube desde 2016, antes da gestão atual assumir.

O sistema de jogo adotado por Odair Hellmann, com dois extremas para atuar pelos lados e um centroavante de referência, também demanda certa predileção por atletas para o setor.

Em 2019, a chegada de atacantes tem a ver com a busca de peças de reposição. A começar pelo próprio Tréllez. De acordo com a análise interna, o atacante tem características semelhantes às de Leandro Damião, que deixou o clube rumo ao Kawasaki Frontale, do Japão. Além dos gols, o camisa 9 é visto como centroavante participativo e combativo, que se encaixa no perfil da posição.

Antes do centroavante, Neilton chegou para suprir a lacuna deixada por Rossi. Rafael Sobis e Guilherme Parede também se somaram para encorpar o elenco em um ano com calendário mais cheio, com a disputa da Libertadores.