Mato Grosso, 17 de Abril de 2024
Esportes

Cruzeiro não dá motivos para o torcedor acreditar na salvação da queda inédita

29.11.2019
08:40
FONTE: GloboEsporte

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  • Adílson Batista

    Adílson Batista, demitido do Ceará na quarta, tem tudo para assumir o Cruzeiro nesta sexta-feira — Foto: Kid Júnior/SVM

Os motivos para o torcedor cruzeirense acreditar na salvação de um rebaixamento inédito vêm minando. Rodada após rodada, dia após dia, episódios dentro e fora de campo mostram que quem tem condições de tirar o Cruzeiro desta situação não está fazendo por onde e está levando o manto azul estrelado para o fundo do poço.

 

Como ter esperança em um time que vai para a sua terceira troca de comando no Brasileiro? Que manteve um treinador (Mano Menezes) que ganhou apenas 10 pontos em 39 disputados? Que demitiu outro (Rogério Ceni) com apenas oito jogos por pressão dos seus comandados? Que continuou apresentando baixíssimo aproveitamento com o terceiro treinador (Abel Braga) e entrou de vez em uma situação melancólica?

 

Como confiar em jogadores que vêm demonstrando baixíssimo rendimento em campo? Em um time que se apega ao passado de alguns, sendo que o presente não oferece argumentos para mantê-los no time, casos de Fred, Robinho, Thiago Neves e Egídio, por exemplo?

 

Nos resultados, o Cruzeiro também não demonstra motivos para confiança. Venceu apenas sete jogos em 35 disputados. É o rei dos empates: 15, no total. Até nos confrontos diretos contra quem briga contra o descenso o desempenho é pífio. Não ganhou dos já rebaixados Avaí e Chapecoense e do virtualmente em queda, CSA. Só ganhou do concorrente direto Ceará no primeiro turno.

 

Fora de campo, muito menos

Assolada pela, talvez, maior crise financeira e administrativa da história do clube, o Cruzeiro continua a dever salários para os seus jogadores. Os atletas estão próximos de completar dois meses de atraso em carteira. Funcionários também vêm sofrendo com os constantes atrasos. Há também débitos com empresários e processos na Fifa. A dívida, segundo o último balanço do clube, já ultrapassou meio bilhão de reais. A situação é crítica.

 

Investigado pela Polícia Civil por indícios de pagamentos suspeitos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, em situações na gestão de Wagner Pires de Sá, o clube mineiro continua convivendo com as investigações e os problemas políticos internos. Alguns dos investigados, inclusive, permanecem no clube – casos, por exemplo, do presidente Wagner Pires de Sá e do diretor jurídico Fabiano de Oliveira Costa.

 

Outros já deixaram o clube, mas continuam a ter influência nos bastidores, como o ex-diretor-geral Sérgio Nonato, já flagrado em reunião com o presidente e agora também gestor de futebol, Zezé Perrella, que também é presidente do conselho deliberativo do clube.

 

O ambiente fora de campo nada ajuda o time e o clube neste momento. E, faltando 10 dias para o término do Campeonato Brasileiro, pouco irá mudar. Resta o amor do cruzeirense, que permanecerá com o clube em toda e qualquer ocasião e pode fazer alguma diferença nesta reta final.

 

 

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