Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
Esportes

Da bomba ao tri: com largada diferente, Ana Marcela conquista o título dos 25km

21.07.2017
08:32
FONTE: G1

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  • ana_marcela_pulo

Após mais de cinco horas de prova, Ana Marcela Cunha garantiu, nesta sexta-feira, o tricampenato mundial da prova dos 25km. Nadando a distância na qual foi campeã em 2011 e 2015, ela controlou bem sua prova, passou as rivais diretas pelo título na última curta e venceu com o tempo de 5h22m00, dois segundos na frente da holandesa campeã olímpica Sharon Van Rouwendaal. Na largada, Ana Marcela foi na contramão do restante das atletas. Enquanto a grande maioria optou pelo tradicional mergulho, ela foi na "bomba". Não hesitou em juntar as pernas ao cair na água.

 

Ana Marcela cadenciou muito bem a prova. Não saiu do primeiro pelotão em nenhum momento, mas passou os primeiros seis quilômetros em 21º lugar. Na metade da prova, nos 12,5km, ela era a 17º, mas menos de 20 segundos da líder. A partir do quilômetro 15, ela disparou e, nos últimos cinco, formou um pelotão de três atletas com a campeã olímpica Sharon Van Rouwendaal, da Holanda, e Ariana Bridi, da Itália.

 

A medalha já estava praticamente garantida. Restava saber qual era a cor. Ana tinha duas de bronze na competição, Bridi um bronze, exatamente empatado com a brasileira nos 10km, e Sharon estava zerada. O trio fez os últimos quilômetros em linha. Na última curva, faltando cerca de 700 metros, Ana colocou por dentro nas duas e entrou com vantagem na reta final. Nadou bem os últimos metros e confirmou o ouro.

 

A história de Ana Marcela nos Mundiais é extensa. Com o pódio desta sexta-feira somados aos bronzes nos 5km e 10km, são dez medalhas no total. Ana foi campeã dos 25km em 2011 (Shangai, China) e 2015 (Kazan, Rússia), foi prata nos 10km (Barcelona, Espanha) em 2013 e por equipes em 2015, além de ter levado o bronze nos 5km em 2013 e nos 10km em 2015. No Mundial de águas abertas em 2010 (Roberval, Canadá), ainda levou o bronze nos 5km.

 

Os últimos meses não foram fáceis para Ana Marcela. No início do ano passado, Ana teve uma virose séria e acabou internada por alguns dias. Na sequência, voltou e fez toda a preparação olímpica, mas acabou frustrada após a décima posição obtida na competição do Rio de Janeiro. Dias depois, fez a retirada do baço em uma cirurgia, ficou sem treinar por dois meses, e só começou a se dedicar para valer em janeiro deste ano. Há sete semanas, decidiu trocar de técnico, e voltou com Fernando Possenti, com quem viveu a melhor fase da carreira, entre 2013 e 2015.

 

O Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos envolve seis modalidades: saltos ornamentais, natação, nado sincronizado, águas abertas, natação, polo aquático e o high diving, que é o salto de plataforma alta. São mais de 2000 atletas presentes, e a delegação brasileira contará com 60 competidores.

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