Delegado faz alerta sobre golpes de estelionato aplicados em Lucas do Rio Verde

Pelo menos cinco tipos de golpes têm sido aplicados em Lucas do Rio Verde e registrados pela polícia. Pra evitar o surgimento de novas vítimas, o delegado Daniel Nery fez um alerta à sociedade para evitar novos prejuízos às vítimas. Nery não falou sobre a quantidade de crimes aplicados, disse que algumas atitudes preventivas podem evitar registros de novos casos.

Um golpe registrado principalmente com o uso dos aplicativos de comunicação, através das redes sociais, é o que anuncia compra de carros e motos pela internet. Muitas vezes os veículos são indicados como produtos de leilão pelo Detran. As negociações são feitas através, principalmente do Whatsapp, sem contato pessoal com o anunciante. "Veículos com valores bem abaixo de mercado, dizendo que após fazer o depósito em conta corrente o veículo será enviado em um caminhão com a retirada na Ciretran de Lucas do Rio Verde", explica o delegado, citando que o comprador deveria procurar uma pessoa identificada por Henrique. "No entanto não tem ninguém com esse nome na Ciretran local", esclarece.

Também com o uso da internet, através do Facebook, os golpistas anunciam a facilidade de empréstimo, sem a necessidade de cadastro ou garantias. As negociações só acontecem por meio de aplicativos de mensagem. Com a utilização de sites que oferecem generosos valores (chegam a R$ 50 mil) o golpe ganha força e desperta o interesse das pessoas que precisam do empréstimo. "A promessa é que após o pagamento de um boleto, que seria um seguro no valor de R$ 600, em 24 horas o valor é depositado na conta da pessoa. O empréstimo é feito em envelope vazio, sem o valor contratado", alerta o delegado, citando em houve casos de depósitos de R$ 1 mil a R$ 2 mil como condicionantes para a liberação do 'empréstimo'.

Além das redes sociais, os golpistas têm utilizado com intensidade as ligações telefônicas. Outro tipo de golpe identificado pela Polícia é o da falsa transferência bancária. O delegado Daniel Nery explica que geralmente a pessoa recebe ligação do golpista que se apresenta como representante de determinada empresa e que esta teria efetuado depósito ou transferência de um valor a mais na conta e pede o reembolso do valor. No ato da ligação, o golpista tenta induzir a vítima ao erro e que estaria precisando do dinheiro naquele momento. As vítimas escolhidas são pequenos comerciantes. "As pessoas ligam negociando produtos de valor baixo, nada acima de R$ 1 mil, que pode ser encaminhado por Correios ou transportadora. É feito o depósito em envelope vazio, com valor bem acima, e ligam dizendo que depositaram a mais e pedem o 'reembolso' do valor a mais, descontando o valor do produto", explica.

O delegado de Polícia também falou de um golpe que continua fazendo vítimas,  o do número sorteado. A vítima recebe mensagem de texto pelo celular anunciando o sorteio de prêmios em dinheiro, veículo ou imóvel, indicando para o 'sortudo' ligar determinado número. O golpista então procura induzir a vítima a fazer transferência bancária para a liberação do prêmio. O valor indicado para a transferência seria para pagar o seguro do prêmio sorteado. "Muitas pessoas aqui na cidade tiveram prejuízos com esse golpe", observa Nery.

Outra situação ocorrida em Lucas do Rio Verde é a intermediação de negociação de veículo. De alguma forma o golpista descobre pelas redes sociais comprador e vendedor de determinada marca e modelo de automóvel. Então ele passa a conversar com as vítimas e acaba até mesmo promovendo o encontro de ambos, para que a venda possa ser encaminhada. Após ganhar a confiança de ambos, ele continua a negociação e usa alegações para vender o veículo para o comprador interessado a um valor bem abaixo do proposto pelo vendedor, justificando que a diferença será paga por ele que estaria devendo dinheiro ao vendedor do veículo. Já ao vendedor, o golpista argumenta que vai completar o valor, pois tem a receber do pretenso comprador. "Ele consegue convencer as vítimas, recebe o dinheiro, o comprador diz que não vai entregar enquanto não receber e quem pagou quer ficar com o carro, mas na verdade pagou para o estelionatário", comentou o delegado, citando que pelo menos três casos desta natureza foram registrados nos últimos meses.

"Quero deixar esse alerta para as pessoas tomarem cuidado e ficarem cientes desses principais golpes pra tentar minimizar a possibilidade de golpe", alertou o delegado.