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A movimentação dos tempos de lateral-direito ainda acompanham Alberto Valentim, hoje aos 43 anos, completos nesta quinta-feira. Inquieto nos treinamentos, o treinador do Botafogo teve seu "pico de eletricidade" na vitória por 3 a 2 sobre o Vasco, na quarta-feira, no Nilton Santos.
Acostumado a jogar perto da linha lateral, o comandante ainda parece um jogador nas partidas do Alvinegro. Não peça para Valentim ficar na área técnica durante os 90 minutos. Ele costuma ultrapassar o limite que lhe é imposto por diversas vezes num jogo.
Contra o Cruz-Maltino não foi diferente. Tal comportamento o fez ser chamado atenção pelos árbitros em seus dois primeiros confrontos à frente do Bota, contra Nova Iguaçu (2 a 1) e Cabofriense (1 a 0).
O ponto alto de sua agitação na semifinal da Taça Rio deu-se aos 34 minutos da etapa final. Àquela altura com o Botafogo eliminado - o placar era de 2 a 2 -, quis repor a bola rapidamente e praticamente a dividiu com o adversário Thiago Galhardo.
A atitude irritou o rival e rendeu uma bronca do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães, que o disse para não fazer papel de gandula.
Após o apito final, aliviado, explicou por que correu atrás da bola, mas pediu desculpas à dupla.
- É a vontade de ganhar. Achei que ele fosse parar. Se vocês pegarem outros lances, eu já fiz isso. Pedi desculpa ao árbitro e para ele também. Tinha que fazer leitura de que ele poderia não frear. Já fiz em outros jogos com intenção de voltar a bola rapidamente - explicou-se.
Durante o jogo, outras demonstrações de sua inquietação foram dadas. Ao ver Igor Rabello, que era vaiado enquanto o Vasco vencia por 2 a 1, encarando a torcida após dar lançamento para o gol de empate, correu na direção do zagueiro e impediu qualquer tipo de reação intempestiva.
- Pedi (para Rabello não explodir) porque talvez ele quisesse desabafar. Tinha certeza que não faria algo agressivo com a nossa torcida, não é do perfil do Igor. Só pedi calma e para recuperar.
Valentim é assim nos treinamentos. Às vezes, é necessário tirar várias fotos dele até que uma não saia tremida. Por quê? Ele não para. Costuma andar de um lado para o outro, sempre próximo dos jogadores. Incentiva, grita, elogia, corrige erros. Vê-lo de braços cruzados é raro.
Em seu primeiro treinamento, no dia 14 de fevereiro, fez questão de, ao lado de seus auxiliares, dividir o gramado em várias partes com fitas. Também empurrou balizas para os dois lados do campo anexo do Estádio Nilton Santos.
Técnico jovem e aposentado como jogador em 2009, Alberto Valentim estaria com saudade da lateral? Perguntado sobre isso, riu, reiterou o pedido de desculpas a Galhardo e o árbitro e explicou.
- Às vezes me perco, sinceramente saio dali, mas é para conseguir passar informações quando meu grito não chega ao jogador. Repito: pedi desculpas ao Galhardo e ao juiz - encerrou.
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