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O dólar recuou nesta sexta-feira (4), tendo como pano de fundo dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos que reforçaram apostas de mais corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) este ano.
A moeda norte-americana caiu 0,78%, vendida a R$ 4,0558. Na mínima, a divisa chegou a R$ 4,0529.
Na semana, o dólar recuou de 2,40%. Segundo o Valor Online, foi o maior tombo desde a última semana de janeiro, quando a moeda americana cedeu 2,68%. No ano, no entanto, o dólar ainda acumula alta de 4,69%.
Juros nos EUA
A criação de vagas nos Estados Unidos aumentou moderadamente em setembro, com a taxa de desemprego caindo para perto da mínima de 50 anos de 3,5%. Analistas esperavam mais abertura de postos de trabalho e uma taxa de desemprego levemente maior, segundo a Reuters.
"Em um primeiro momento, a leitura é baixista para o dólar. Há a continuidade de apostas em novos cortes de juros do Fed, que melhora a relação risco/retorno para se investir em mercados emergentes", afirmou à Reuters Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
Os investidores também repercutiram a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Nesta sexta-feira, ele deu poucos indícios sobre o futuro da política monetária dos EUA e disse que a economia norte-americana está andando apesar dos obstáculos que enfrenta.
Leilões de petróleo
Segundo operadores, expectativas de volta do fluxo de recursos ao país, decorrentes dos leilões de petróleo e de operações de empresas, também têm ajudado a pressionar o dólar contra o real.
Entre outubro e o início de novembro, o Brasil realizará três leilões de áreas de petróleo e gás, sendo dois no pré-sal, com expectativa de arrecadação superior a R$ 110 bilhões, caso todas as áreas sejam arrematadas.
"O mercado mensura que vai entrar bastante dólar no país, e isso reduz a necessidade de comprar do BC a preços mais pressionados", acrescentou Silva.
Banco Central
Nesta sessão, o Banco Central não vendeu nenhum contrato de swap reverso de oferta de até 10.500 contratos, assim como não vendeu dólares em leilão à vista, de oferta de até US$ 525 milhões, segundo a Reuters. Por outro lado, a autoridade monetária colocou todos os 10.500 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem do vencimento em dezembro de 2019.
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