Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
Politica

Dr. Carlos González: "Não existem alimentos proibidos na amamentação"

21.09.2017
09:18
FONTE: Crescer

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O pediatra espanhol Carlos González, famoso por quebrar regras, mantém-se firme ao seu discurso e prática quando o assunto é amamentação. É o que mostra um de seus livros, Manual Prático de Aleitamento Materno (Editora Timo, R$ 71), que como diz o título, é um guia com dicas sobre aleitamento. As recomendações são expostas de maneira didática e vão desde a anatomia do seio a dilemas que envolvem o tema, como o que a mãe pode ou não comer. Boa parte delas são também reforçadas por estudos científicos citados ao longo do livro. A seguir, destacamos alguns dos pontos que podem gerar dúvidas.

 

Não é preciso preparar o seio

Esfregar o peito com uma bucha ou toalha, tomar sol nos mamilos, massagear a região. Acontece que, de acordo com o pediatra, todas essas medidas eram difundidas em uma época que se conhecia pouco sobre a origem das fissuras na pele que atrapalham a amamentação (a pega inadequada). Além de nenhuma ter sido comprovada cientificamente, elas podem até mesmo interferir negativamente no processo. A dica do especialista é se informar sobre o assunto (para não cair nesse tipo de erro) e conversar com outras mães que amamentam. “A observação e a imitação de modelos são provavelmente mais importantes que as explicações teóricas”, afirma no livro.

 

Pode comer de tudo

Não existem alimentos proibidos para a mãe que amamenta, na opinião de González. As leguminosas, por exemplo, que costumam ser associadas às cólicas do bebê, estão nessa lista sem razão. “Os gases são produzidos no intestino da mãe pela fermentação de determinados alimentos. Para que esses gases chegassem ao intestino do bebê teriam que passar primeiro pelo sangue da mãe (produzindo uma embolia gasosa) e pelo leite”, explica.

 

O desmame deve ser espontâneo

O pediatra é contra o desmame brusco e induzido, ou seja, que aconteça apenas por vontade materna e antes que o bebê o faça espontaneamente (o que não ocorreria antes dos 2 anos de idade). Isso porque o aleitamento não tem apenas o objetivo de nutrir a criança, como também de oferecer aconchego e segurança. O que fazer para que ter um desmame gradual, então? “A regra básica é ‘não oferecer, não negar’”, acredita. Nesse caso, para facilitar o processo, o apoio da família é fundamental para suprir tais demandas da criança.

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