Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Em plenário, Wellington se diz indignado com situação de hospitais em MT e pede prioridade para saúde

11.08.2017
07:56
FONTE: Assessoria

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    Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Em pronunciamento nesta quinta-feira, 10, o senador Wellington Fagundes (PR-MT) se disse indignado com a situação dos hospitais filantrópicos em Mato Grosso. Quatro unidades – a Santa Casa de Rondonópolis, o Hospital Santa Helena, a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Geral Universitário, em Cuiabá – tiveram que suspender o atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde por falta de repasses de recursos do governo estadual.

 

Wellington Fagundes explicou aos senadores que existe um montante em atraso, segundo a Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso, passa de R$ 10 milhões. De acordo com o senador, a Secretaria Estadual de Saúde informou que não tem nenhuma dívida com os hospitais e que havia autorizado um repasse emergencial durante três meses, o que totalizou R$ 7,5 milhões, para ajudar as unidades, mas que não continuará a fazer os repasses.

 

“Eu sempre tenho dito que governar é a arte de saber priorizar” – disse o parlamentar, ao relatar a situação. Para ele, o Governo precisa elencar prioridades “e a vida das pessoas, eu acredito, é a maior de todas”. Ele se disse também perplexo com o anúncio de que o Governo está gastando R$ 84 milhões com propaganda “e não tem dinheiro para aplicar nas filantrópicas do Estado de Mato Grosso”.

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A situação, a rigor, não é nova. O senador ainda fez referência a um acordo firmado pelas unidades filantrópicas com o Governo, em 2016, quando ocorreu também uma paralisação no atendimento. Esse entendimento, segundo ele, não está sendo cumprido. “Eles fizeram um repasse em dezembro de 2016, em janeiro e fevereiro, e, a partir de março, o repasse foi suspenso e tornou a nossa situação inviável financeiramente” – explicou.

 

Apesar do Governo negar a dívida, Wellington destacou manifestação do vice-presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso,  Antônio Preza. Segundo o médico, só para a Santa Casa, são R$ 2,5 milhões mensais, e há uma dívida de mais de R$ 10 milhões.

 

“Todos nós sabemos que os hospitais filantrópicos, Santas Casas, têm um custo muito mais barato Se não fosse o trabalho das igrejas, das entidades, como Rotary, Lions e tantas outras, o caos social, no Brasil, seria muito maior. E, na saúde, da mesma forma. As santas Casas prestam um grande serviço” – frisou.

 

Para Wellington, o  Governo erra ao dizer que não vai repassar mais nenhum recurso e que não tem compromisso com os hospitais filantrópicos do Estado. Ele lembrou que o governador Pedro Taques ele fez uma campanha eleitoral dizendo que faria a transformação em Mato Grosso, principalmente na saúde, aplicando bem os recursos, fazendo uma boa gestão e não deixando haver mais nenhum desvio. 

 

“Então, nós queremos, aqui, cobrar do Governo do Estado que priorize esses recursos, principalmente para salvar vidas” - apelou.

 

RECURSOS E EMENDAS - Atuante no setor de saúde, o senador destacou ainda que uma emenda individual apresentada ao Orçamento da União, garantiu no ano passado para a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá em torno de R$ 2 milhões, utilizados na aquisição de mais de 800 equipamentos.  “Com pouco recurso, foi implantado o primeiro serviço de nefrologia infantil neonatal na Cidade de Cuiabá. Primeiro serviço, com esse recurso” – observou. Anteriormente, ele lembrou, as crianças precisavam se deslocar a outros Estados para receber tratamento.

 

Mesmo trabalho, segundo ele, ocorreu em Rondonópolis, onde, com uma emenda no valor de quase R$ 5 milhões foi possível implantar todo o serviço de nefrologia, de cardiologia e também de tratamento do câncer. “Quer dizer: essas entidades conseguem, com poucos recursos, fazer uma transformação” - salientou. Enquanto a média do custo por procedimento no SUS chega a ser dez, a Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis tem feito por volta de R$ 2 a R$ 2,5.

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