Mato Grosso, 16 de Abril de 2024
Politica

Escorpião: saiba como proteger as crianças da picada do aracnídeo

21.09.2017
09:20
FONTE: Juliana Malacarne

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De janeiro até agosto, São Paulo registrou um aumento de 25% nos casos de picada de escorpião. Em 2016, a quantidade de pessoas picadas por esse aracnídeo nesses meses foi de 79 e, em 2017, de 99, de acordo com o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo. E não é só na capital paulistana que famílias tem vivido encontros indesejados com esses bichos. No interior de São Paulo, uma menina de 4 anos morreu depois de ter sido picada em Araçatuba e Itu também registrou aumento nos acidentes com escorpiões.

 

Em entrevista a Crescer, Gladyston Carlos Vasconcelos Costa, biólogo do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ-SP), explicou que o escorpião é um animal nativo que ocorre de forma endêmica no Brasil e não existe um veneno ou inseticida que possa ser usado para controlá-la. “Em São Paulo, a espécie mais comum é o escorpião amarelo, considerado o mais venenoso da América do Sul”, afirma. “Como as crianças tem uma massa corporal menor, o veneno no organismo delas costuma ter um efeito negativo mais intenso do que nos adultos”.

 

A picada do escorpião costuma ser acompanhada de muita dor e podem ocorrer náuseas, vômitos e tremores algumas horas depois do acidente. Se não tratado, o veneno pode provocar um colapso cardiocirculatório e edema agudo de pulmão, o que leva a óbito. Depois de uma picada, o recomendado é lavar o local com muita água e sabão e levar a pessoa até o posto de saúde mais próximo. Se for possível, vale capturar o escorpião vivo ou morto e também levá-lo até o posto para que os profissionais de saúde possam identificar a espécie com precisão e dar o soro correto.

 

Escorpiões são animais noturnos, que habitam locais com abrigo do sol, como o subsolo, o esgoto ou embaixo de entulhos e troncos de árvores. “Com o calor, eles ficam mais ativos e quando chove, as galerias em que vivem podes inundar e eles saem de lá em busca de lugares secos. Por isso, costumam ser mais vistos pela população nos períodos mais quentes e chuvosos”, explica. Na cidade de São Paulo, a maioria dos acidentes com esse aracnídeo ocorre nas regiões de Pirituba, Butantã, Penha e Itaquera.

 

Se avistar um escorpião, o recomendado é entrar em contato com o Centro de Zoonoses de sua região. Não se aproxime, ou importune o animal sem necessidade. Se não for incomodado, esse aracnídeo costuma ficar na defensiva e não ataca. O principal alimento de escorpiões nos ambiente urbanos são baratas, então é importante descartar o lixo nos locais adequados para que elas não se proliferem.

 

Outra medida para evitar a presença desses aracnídeos é limpar os quintais, manter a grama aparada, remover entulhos de terrenos baldios, vedar buracos nas paredes, colocar telas em janelas e ralos em pias e tanque. Em regiões que escorpiões são avistados com frequência é importante verificar os sapatos antes de calçá-los. Para quem mora no interior e tem um terreno com bastante espaço, uma solução pode ser criar galinhas, já que elas são predadoras do escorpião.

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