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Estudantes ocupam o campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, desde sexta-feira (20) contra mudanças na política de alimentação do Restaurante Universitário (RU). Eles participaram de uma audiência nesta terça-feira (24) de uma audiência pública com representantes da reitoria da UFMT.
A presença esperada era da reitora da Universidade, Myrian Serra, mas ela não teve autorização médica para viajar e foi representada pela pró-reitora de Assistência Estudantil, Erivã Garcia Velasco, e pela pró-reitora de Planejamento, Tereza Christina Mertens Aguiar Veloso.
Elas foram recebidas com gritos de ordem e manifestação de estudantes, que, com cartazes, pedem que não haja reajuste no valor do restaurante universitário para R$ 5 o almoço e a janta e para R$ 2,50, o café da manhã.
Um pouco antes do início da audiência, no espaço multiuso da UFMT, os acadêmicos fizeram um ato simbólico, enterrando o RU, com velas e uma cruz.
"O motivo do aumento diz respeito ao modo como fazemos a gestão dos recursos da universidade. O custo do restaurante para o aluno é bastante baixo, mas hoje o orçamento da Universidade tem impactado o custeio. Com o valor atual, 90% do custeio fica com a própria instituição", conta Erivã Velasco.
Mas a justificativa dos representantes da reitoria não convenceram os estudantes, que questionaram se não há outras alternativas, como analisar o contrato do RU de cada campus para entender como é gasto o valor anual.
Os acadêmicos também questionaram a duração da audiência, com a apresentação de muitos slides, o que consideraram que ela foi apenas técnica e simbólica.
“Essa audiência só tem caráter informativo. Elas estão apresentando dados que já sabemos. Vamos continuar resistindo, porque nossa luta é pelo RU com valor universal, independente da situação financeira de cada aluno”, conta Rayani Camargo, presidente do Diretório Central de Estudantes (DCE).
O DCE reforçou que foi apresentada uma proposta no valor de R$ 0,50 para o café da manhã e R$ 1,50 para almoço e janta.
Após mais de 3 horas da reunião, teve a definição que outras audiências, em outros campus, irão acontecer nos próximos dias.
Na semana passada, os estudantes fizeram uma manifestação e fecharam as entradas de acesso à universidade, com pneus. Eles também queimaram folhas em frente ao campus.
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