Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
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Estudo contratado pela Vale confirma que barragem em Brumadinho se rompeu por liquefação

12.12.2019
09:32
FONTE: G1

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  • Estudo contratado pela Vale confirma que barragem em Brumadinho se rompeu por liquefação

    Imagem do momento em que a barragem B1, da Vale, se rompeu em Brumadinho — Foto: Reprodução/TV Globo

Um estudo técnico contratado por um escritório de advocacia que atende a Vale confirmou que a causa do rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho foi “liquefação”, que é quando um material sólido passa a comportar como fluido. O laudo foi divulgado nesta quinta-feira (12).

 

A barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, se rompeu em 25 de janeiro e vitimou 270 pessoas. Peritos já identificaram 257 mortos. Outras 13 pessoas ainda estão desaparecidas. Esta é a primeira vez que a causa do rompimento é confirmada. A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o caso e, até a publicação desta reportagem, não havia divulgação a conclusão do estudo pericial.

 

O fenômeno é explicado no relatório como "perda de resistência significativa e repentina" e aponta que os rejeitos e outros materiais que estava na barragem apresentavam "comportamento frágil". Isso significa que o fluxo de água presente nesse material exerce uma força que anula o peso e a aderência de suas partículas, fazendo com que elas fiquem soltas.

 

Entenda o que é liquefação

Seis dias após a tragédia, o subsecretário de Regularização Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente de Minas, Hildebrando Neto, disse que tudo indicava que o rompimento da estrutura poderia ter sido causado por liquefação, que foi o mesmo fenômeno causador do colapso da barragem da Samarco em Mariana, em 2015.

 

O relatório ainda apontou vários "gatilhos" que podem ter contribuído para a desestabilização da barragem.

-Carregamento rápido, como construção ou lançamento de rejeitos;

-Carregamento cíclico rápido, como sismos ou detonações;

-Carga por fadiga, como detonações repetidas;

 

Descarregamento, como:

-Aumento dos níveis de água no solo;

-Movimentos, como dentro da fundação ou devido à presença de camadas fracas;

-Erosão interna e/ou piping;

-Interação humana;

-Perda localizada de resistência devido ao fluxo de nascentes subterrâneas;

-Perda de sucção e resistência em zonas não-saturadas acima do nível da água;

Creep (deformações específicas que se desenvolvem com o tempo sob carga constante).

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