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Uma carta elaborada e assinada por um grupo de personalidades políticas que fizeram parte do governo Pedro Taques ou que atuaram de forma decisiva para sua eleição em 2014 foi divulgada nesta quarta-feira expondo os motivos que os levaram a não apoiar a reeleição do tucano. Intitulado ‘Manifesto: Porque não apoiaremos a reeleição de Pedro Taques em 2018’, o documento elenca uma série de situações para definir o posicionamento do grupo.
A carta, que foi encaminhada a imprensa e compartilhada nas redes sociais, falam que um dos sentimentos que uniu o grupo para apresentar o manifesto é a decepção. “Este é um dos sentimentos que lamentavelmente está presente em grande parte daqueles que apoiaram o Senador Pedro Taques em 2010 e em 2014, quando trabalharam, se empenharam, pediram voto e ajudaram a torná-lo governador do Estado de Mato Grosso. Os sentimentos de decepção e frustração estão sendo compartilhados por milhares e milhares de mato-grossenses”.
No documento, o grupo disse acreditar que em 2014 Taques seria corajoso para tomar as medidas necessárias de transformação que a população tanto almejava, mas não o fez. “Com o passar do tempo e com profunda tristeza, constatamos que nada disso ou muito pouco aconteceu. Vaidades, intrigas, brigas, piora nos serviços públicos, falta de planejamento, promessas não cumpridas, dezenas de placas lançadas sem um centímetro de obra iniciada, troca constante de secretários, escândalos, desrespeito para com os servidores e agentes públicos, atrasos nos salários e com fornecedores, que consequentemente provocou prejuízos no comércio. Estas são palavras que estão entre as grandes marcas deste governo, que passou grande parte do tempo olhando para o retrovisor, culpando a administração anterior e a crise, mostrando-se incapaz de gerar uma agenda positiva, propondo alternativas e implantando soluções”.
“Para que fique absolutamente claro, citaremos abaixo alguns dos motivos porque não apoiaremos a reeleição do Pedro Taques ao governo em 2018”, diz o manifesto.
Conforme os ex-apoiadores, no Governo Taques aumentou o caos na saúde. Houve constante falta de remédios na farmácia de Alto custo; Falência total do MT Saúde, apesar do desconto na folha de pagamento do servidor público pelo plano de saúde; Falha no repasse do dinheiro da saúde aos municípios; Constantes atrasos no repasse do dinheiro dos hospitais regionais; Não repassou o dinheiro dos hospitais filantrópicos, conforme acordado; Prometeu e não cumpriu a construção de novos hospitais regionais em Porto Alegre do Norte, Tangará da Serra, Juína e Pontes e Lacerda; Foi incapaz de reiniciar a construção do Hospital Universitário, paralisada há mais de 4 anos, com R$ 80 milhões disponíveis em conta corrente para a obra.
No manifesto, o segundo ponto abordado é que o governador não cumpriu os compromissos de campanha. É citado o levantamento do site G1, da Globo, que menos da metade das promessas foram cumpridas. Obras importantes iniciadas na Copa do Mundo, estão até hoje paralisadas e inacabadas (VLT e 4 Centros Olímpicos no interior: Rondonópolis, Sinop, Cáceres e Barra do Garças). Os projetos de asfaltamento em várias estradas estaduais estão parados, como por exemplo, na MT 129 - Paranatinga a Gaúcha do Norte, MT 130 - Paranatinga a Distrito de Santiago do Norte, MT 140 - Campo Verde, Brasilândia, Planalto da Serra, Santa Rita do Trivelato e Distrito da Boa Esperança, MT 343 - Porto Estrela a Cáceres, MT 319 - Guarantã do Norte a Alta Floresta, MT 322 - Matupá a Carlinda e MT 109 - Canabrava do Norte ao Distrito de Espigão do Leste.
O grupo também considera a gestão ineficiente, citando que os três primeiros anos de gestão de Pedro Taques foi o que ocorreu a maior rotatividade de secretários da história do governo de Mato Grosso. Também é citado que há grande indisposição com os servidores públicos. O grupo adverte que o gestor está sempre de olho no retrovisor, colocando a culpa nos outros pelos problemas do Estado. Também é citada a questão dos atrasos de salários de servidores e repasse aos poderes depois de décadas sendo pagos em dia. Por outro lado, o governo deixou de fazer reformas administrativa e tributária prometidas durante a campanha, provocando o caos na gestão, inibindo novos investimentos no Estado e a geração de empregos.
Os ex-apoiadores de Taques também citam que o governador faltou com a verdade. “Como governador prometeu aos prefeitos e aos cidadãos entregas que nunca aconteceram. Faltou com a verdade sobre a data do pagamento de poderes, fornecedores, hospitais, prefeituras e servidores. Faltou com a verdade sobre o pagamento de emendas parlamentares, que possibilitaria centenas de obras em todos os municípios”.
O grupo de ex-apoiadores afirmam que a gestão Pedro taques quebrou as finanças do Estado. “Recebeu o estado em 2015 com aproximadamente R$ 800 milhões de restos a pagar (contas vencidas, mas com dinheiro em conta bancárias de convênios, financiamentos e outros, superiores a este valor) e hoje estamos com mais de R$3 bilhões de dívidas, ou seja, quase 4 vezes mais. Permitiu o rebaixamento da nota de Mato Grosso perante a Secretaria do tesouro nacional-STN, inviabilizando novos financiamentos para o futuro. Estouro do déficit da previdência estadual, que saltou de R$ 400 milhões/ano para cerca de R$ 1 bilhão/ano; Não estancou as despesas e, ainda, comprometeu o futuro do Estado para os próximos anos.”
Por fim, o manifesto assinala que houve escândalos e fortes indícios de corrupção. O governador com o maior número de secretários e primeiro escalão presos no mandato na história de Mato Grosso e um dos maiores do Brasil; Escândalo da Grampolândia: um desrespeito a democracia, ao cidadão e que causou grande crise institucional; Escândalo de desvio de verba da Seduc; Desvio de finalidade dos recursos do FETHAB.
“Com todos esses pontos elencados, baseados em dados comprovados e amplamente divulgados pela mídia local e nacional, esse grupo de lideranças políticas vem através desta carta abrir o debate franco, respeitoso e objetivo para discutir um novo plano de governo que não fique apenas no imaginário do cidadão, mas que seja executado com coragem e comprometimento. O Mato Grosso tem pressa”, finaliza ao manifesto.
CUIABÁ 24/04/2018
NOME E CARGO QUE OCUPA OU OCUPOU NA CAMPANHA EM 2014 POR ORDEM
ALFABÉTICA.
1. Adriana Vandoni, ex-secretária do Gabinete de Combate a Corrupção da gestão Pedro Taques
2. Adriano Peralta, ex delegado geral de polícia
3. Adriano Pivetta, prefeito de Nova Mutum e apoiador da campanha de 2010 e 2014
4. Adriano Silva, deputado estadual apoiador da campanha de 2014
5. Aldo Locateli, apoiador da campanha de 2010 e 2014
6. Carlos Fávaro, ex vice-governador de Mato Grosso
7. Dilceu Rossato, ex prefeito de Sorriso e apoiador da campanha de 2014
8. Dirceu Cosma, vereador de Lucas do Rio Verde
9. Eduardo Chilleto, ex secretário estadual de Cidades da gestão Pedro Taques
10. Eduardo Moura, ex presidente da Ager e ex coordenador de campanha de 2010 e 2014 na região Araguaia
11.Getulio Viana, ex prefeito Primavera do Leste e ex coordenador de campanha de 2014
12.Jair Mariano, ex coordenador de campanha de 2014
13.Jiloir Pelicioli, vereador e presidente da Câmara de Lucas do Rio Verde
14.João Batista Pereira da Silva, ex secretário estadual de Saúde da gestão Pedro Taques
15.José Augusto Curvo (Tampinha), deputado federal suplente e apoiador da campanha de 2010 e 2014
16.José Medeiros, senador e apoiador da campanha de 2010 e 2014
17.Julio José de Campos, ex governador de Mato Grosso e apoiador da campanha de 2014
18.Leandro Felix, vice-prefeito de Nova Mutum e apoiador da campanha de 2014
19.Levi Ribeiro, ex coordenador de campanha de 2010 e 2014 na região Médio Norte
20.Luciano Napoli Costa, ex coordenador de campanha de 2014 de Pontal do Araguaia
21.Mauro Mendes, ex prefeito de Cuiabá e ex coordenador de campanha de 2014
22.Miguel Vaz Ribeiro, ex vice-prefeito de Lucas do Rio Verde apoiador da campanha de 2014
23.Niuan Ribeiro, vice-prefeito de Cuiabá e apoiador da campanha de 2014
24.Otaviano Pivetta, ex prefeito de Lucas do Rio Verde e ex coordenador geral da campanha de 2014
25.Percival Muniz, ex-prefeito de Rondonópolis e ex coordenador de campanha de 2010 e 2014
26.Renancildo Soares de França, ex coordenador de campanha de 2014 da região Oeste
27.Stephano do Carmo, ex coordenador de campanha de 2014
28.Ubaldino Resende, ex coordenador de campanha de 2014 de Barra do Garças
29.Vanderlei Reck Junior, ex coordenador de campanha de 2014 de Tangará da Serra
30.Xuxu Dalmolin, deputado federal suplente e ex coordenador de campanha de 2014 em Sorriso
31.Zeca Viana, deputado estadual e ex coordenador de campanha de 2014
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