Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
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Familiares de adolescentes mortos na Chacina do Beco do Candeeiro fazem homenagem e cobram Justiça em Cuiabá

11.07.2018
06:29
FONTE: G1 MT

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  • Ato em homenagem foi realizado nesta terça-feira (10) (Foto: Kessilen Lopes/G1)

    Ato em homenagem foi realizado nesta terça-feira (10) (Foto: Kessilen Lopes/G1)

Os familiares dos três adolescentes assassinados no Beco do Candeeiro, no Centro Histórico de Cuiabá, fizeram um ato em homenagem às vítimas e cobraram Justiça, nesta terça-feira (20), dia em que o crime completa 20 anos.

 

Edgar Rodrigues de Arruda, 12 anos, Adileu Santos, 13 anos, e Reinaldo Dias Magalhães de 16 anos foram assassinados no dia 10 de julho de 1998. Até hoje, porém, ninguém foi responsabilizado pelo crime.

 

As mães de duas das três vítima participaram do ato, que também contou com a presença de um padre e de manifestantes.

 

"Temos que procurar fazer manifestação para não cair no esquecimento. Nós familiares não esquecemos nunca. Enquanto eu estiver viva, estarei lutando para cobrar justiça", afirmou Maria dos Santos, mãe de Adileu.

 

O ato foi acompanhado pela Associação dos Familiares Vítimas de Violência.

 

Mãe de Edgar, Albina Rodrigues de Arruda, também cita a impunidade do crime. "Choro pelo meu filho e pelas outras vidas que se foram juntos. Esse alguém que tirou a vida deles, poderia ter ajudado, eles eram crianças, inocentes", declarou.

 

Impunidade

Apenas um homem foi julgado - e absolvido - pelo crime: o policial militar Adeir de Souza Guedes Filho. Ele foi denunciado à Justiça cinco anos após as mortes, depois de ter sido reconhecido por vítima que conseguiu fugir, mas foi absolvido pelo Tribunal do Júri no dia 17 de setembro de 2014.

 

O G1 tentou, mas não conseguiu localizá-lo para comentar o caso.

 

Segundo a denúncia feita à Justiça, o PM Adeir Guedes era suspeito de integrar um grupo de extermínio denominado "A Firma".

 

O policial já cumpriu pena por homicídios cometidos em Poconé e Rondonópolis, a 104 km e 218 km de Cuiabá, respectivamente.

 

De acordo com o advogado Marciano Xavier das Neves, que à época defendeu o PM, o processo transitou em julgado em 22 de setembro de 2014, sem recurso do Ministério Público Estadual (MPE). Segundo ele, o caso foi arquivado no dia 20 de outubro daquele ano.

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