Mato Grosso, 18 de Abril de 2024
Esportes

Futebol do São Paulo terá oitavo "dono" em 26 meses de Leco na presidência

07.12.2017
08:56
FONTE: G1

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

  • ddkneepxuaa1ina

    Pinotti e Leco durante treino do São Paulo (Foto: Marcelo Prado)

Carlos Augusto de Barros e Silva é presidente do São Paulo desde 27 de outubro de 2015. Nesse período, o comando do futebol passou pelas mãos de sete pessoas diferentes. Depois da saída de Vinícius Pinotti, que pediu demissão antes de ser demitido, Leco procura mais um sucessor. O favorito é Raí, ídolo como jogador e hoje membro do Conselho de Administração.

 

Um dos primeiros atos de Leco após ganhar a eleição há dois anos, marcada após a renúncia de Carlos Miguel Aidar, foi demitir José Eduardo Chimello, homem de confiança do antecessor, e recolocar no cargo executivo Gustavo Vieira de Oliveira, chefiado pelo então vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro.

 

Só que Guerreiro, desgastado por seu envolvimento na queda de Aidar, foi transferido para a diretoria de relações institucionais meses antes de ser expulso do Conselho e afastado de qualquer função. O comando do futebol passou para as mãos de Luiz Cunha.

 

Meses depois, Cunha se demitiu e Gustavo sucumbiu diante de pressões da torcida organizada – essa mesma que hoje posa para fotos com Leco – e de conselheiros. O futebol passou então a ser tocado por José Alexandre Médicis e José Jacobson Neto, com Marco Aurélio Cunha na diretoria executiva.

 

Dirigente-ídolo pela trajetória de conquistas e por frases de efeito contra rivais, Marco Aurélio aceitou quase um emprego temporário. Licenciou-se da CBF e participou da recuperação do São Paulo, ameaçado de rebaixamento no Brasileirão de 2016.

 

Em janeiro, ele voltou ao seu cargo à frente do futebol feminino do país, e como a eleição estava marcada para abril, Leco não contratou um novo executivo. Deixou que Médicis e Jacobson comandassem um período importante, o da tentativa de consolidar Rogério Ceni como técnico. Enquanto isso, o advogado Alexandre Pássaro operava as negociações.

 

Eleito para mais três anos e meio de mandato, Leco nomeou Vinícius Pinotti como executivo de futebol, manobra que gerou críticas no clube, e Fernando Bracalli Chapecó, como diretor adjunto. Isso porque o estatuto determinava profissionais de notório conhecimento em cada área. Pinotti saiu do marketing para o futebol. Ele foi um dos principais colaboradores da campanha presidencial de Leco.

 

Os relatos são de que a relação de ambos ficou insustentável. Uma soma de momentos e pequenos conflitos que se resumem na disputa de quem manda mais. Leco nunca quis perder o comando sobre o futebol. Pinotti desejava mais autonomia. Não é a primeira vez que isso acontece no São Paulo, e muitas pessoas do clube temem que não seja a última.

 

Nesse período com Leco na presidência e sete comandantes diferentes no futebol, a equipe não ganhou títulos e brigou duas vezes contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

 

A CRONOLOGIA DO COMANDO DO FUTEBOL TRICOLOR

Outubro/2015: Leco assume, demite Chimello, contratado por Aidar, e contrata Gustavo para trabalhar sob comando de Ataíde.

Março/2016: Ataíde deixa a vice-presidência de futebol, e Leco contrata Luiz Cunha para ser diretor.

Junho/2016: Luiz Cunha pede demissão por discordar do investimento na contratação de Cueva. Dias depois, Leco anuncia Médicis na vice-presidência e Jacobson na diretoria.

Setembro/2016: sob pressão de torcida e Conselho, Leco e Gustavo chegam a acordo pela saída do executivo. Marco Aurélio Cunha é contratado como substituto.

Dezembro/2016: Marco Aurélio volta para a CBF e deixa o São Paulo.

Abril/2017: Leco ganha eleição e coloca Pinotti como executivo de futebol. Seus adjuntos são Médicis, José Carlos Ferreira Alves e Chapecó.

Dezembro/2017: Pinotti se antecipa à demissão e pede para sair. Leco pede que Chapecó fique.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO