Mato Grosso, 29 de Março de 2024
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Ídolo da seleção, goleiro Mão mira marca histórica de 50 jogos em Mundiais: "Deixei uma semente"

22.11.2019
09:07
FONTE: GloboEsporte

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  • Ídolo da seleção, goleiro Mão mira marca histórica de 50 jogos em Mundiais: "Deixei uma semente"

    Foto: Manuel Queimadelos/BSWW

Jogador que mais atuou em Copas do Mundo de futebol de areia - foram 46 partidas até aqui -, o goleiro Jenílson Brito Rodrigues, o Mão, está perto da marca histórica de 50 jogos em Mundiais. Prestes a completar 41 anos, o experiente atleta está em Assunção onde tenta levar o Brasil à sexta conquista na Era Fifa. Realizado com a carreira vitoriosa, o capixaba acredita que o mais importante é o legado deixado para as próximas gerações.

 

- Me sinto realizado, porque pude deixar uma semente para essa nova geração. Uma semente de conquistas, de produtividade. E pude fazer um pouco além do beach soccer, que é um esporte com poder de transformação. Tenho a certeza de que esse título no Paraguai vai coroar essa história da melhor maneira - disse Mão.

 

O Brasil está no grupo D do Mundial ao lado de Omã, Portugal e Nigéria. A estreia será contra Omã nesta sexta-feira, às 21h, com transmissão ao vivo do SporTV3. Confira a entrevista:

 

Você está prestes a completar a marca de 50 jogos em Copas do Mundo Fifa. O que representa isso para você?

Mão: Até pouco tempo eu não sabia dessa marca. Fico feliz em poder contribuir de forma positiva e deixar um legado importante para a nova geração. Essa marca nada mais é do que tudo que a nossa comissão técnica e o nosso staff vêm produzindo em todos esses anos de seleção. Apesar da importância dessa marca, penso mais no coletivo, então o essencial nessa Copa do Mundo é conquistar o título.

 

Quando você começou no futebol de areia esperava ter tanto sucesso e uma carreira tão longa na seleção?

Sinceramente não esperava. Antes de vir para o beach soccer, eu jogava futsal profissionalmente, então foi um pouco difícil essa transição. Quando joguei a minha primeira partida pela seleção em 2004, senti ali que eu teria uma história longa com essa camisa. E hoje estou aqui jogando mais uma Copa do Mundo e buscando mais um título.

 

Faz planos quanto ao seu futuro? Pretende jogar até quando?

Penso em jogar mais um tempo ainda. Tenho outros afazeres além do futebol de areia, sou professor universitário, tenho os meus projetos sociais e algumas atividades dentro do meu município, mas tenho um foco de continuar ajudando o futebol de areia a ter um calendário maior, com competições nas categorias de base. Com o trabalho que a confederação está realizando, tenho certeza que vamos conseguir isso já em 2020, angariando mais patrocinadores.

 

Se sente realizado por tudo o que já fez na carreira?

Me sinto realizado, porque convivo com pessoas que a cada dia nos ensinam muita coisa. Me sinto realizado, porque pude deixar uma semente para essa nova geração. Uma semente de conquistas, de produtividade. E pude fazer um pouco além do beach soccer, que é um esporte com poder de transformação. Tenho a certeza de que esse título no Paraguai vai coroar essa história da melhor maneira.

 

Qual a origem do seu apelido?

Meu apelido começou porque eu tinha um problema de pronúncia na infância. Eu não conseguia falar "irmão", daí chamava o meu irmão mais velho de "mão". E esse déficit de pronúncia acabou gerando um apelido, que era do meu irmão e passou para mim. Engraçado que todos acham que me chamam de Mão porque eu sou goleiro.

 

O que achou da chave do Brasil no Mundial de Assunção com Portugal, campeão mundial em 2015, como adversário logo na primeira fase?

É uma chave muito difícil.Temos adversários com grande potencial para avançar, o que torna a disputa desse grupo um grande desafio. Mas nós temos treinado intensamente, então agora é hora de pensar no primeiro adversário, que é Omã, para depois pensar em Portugal e na Nigéria. Estamos conscientes de que temos condições de avançar e é muito provável que o segundo jogo seja decisivo para definir as posições do grupo.

 

Chegar a um Mundial como atual campeão é algo que transforma o Brasil no time a ser batido nessa Copa do Mundo?

Brasil já vem de uma conquista em Doha, dos Jogos Mundiais de Praia, com grandes seleções. Fizemos uma grande final com a Rússia e sabemos que agora todos vão querer ganhar do Brasil. Estamos treinando para enfrentarmos essa situação, então agora é só aguardarmos a estreia contra Omã para fazermos o que estamos esperando.

 

Como é a sua convivência com jogadores tão mais jovens que você?

A convivência é muito boa. Começamos o nosso dia a dia com uma brincadeira. E eu sempre acompanho o ritmo deles, brincando como se fossem os meus filhos. Levamos essa alegria para os treinos e isso ajuda muito a formar um bom ambiente. As pessoas de fora não têm noção de como o nosso dia a dia é engraçado, dando prazer de defender a seleção.

 

Os jogos do Brasil na 1ª fase

22/11 (sexta) - 21h - Brasil x Omã (SporTV3 transmite às 21h30)

24/11 (domingo) - 21h - Brasil x Portugal (SporTV2 transmite às 22h)

26/11 (terça) - 21h - Nigéria x Brasil (SporTV3 transmite às 22h)

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